Hoje, 10 de dezembro, é o Dia Mundial dos Direitos Humanos, uma data que nos convida a refletir sobre o que significa preservar a integridade humana em todas as suas dimensões: na justiça, na racial, na política e na social. Nesta coluna, quero compartilhar com vocês algumas reflexões sobre esse tema tão importante e urgente, especialmente em um momento em que vemos tantas violações e ameaças aos direitos humanos no Brasil e no mundo.
A integridade humana é um conceito que abrange não apenas a dignidade física e moral das pessoas, mas também o respeito à sua identidade, à sua cultura, à sua liberdade e à sua participação na sociedade. Preservar a integridade humana significa reconhecer e valorizar a diversidade humana, garantir a igualdade de oportunidades e de tratamento, combater todas as formas de discriminação e violência, promover a democracia e os direitos humanos como valores universais.
No entanto, sabemos que a realidade está longe de ser ideal. Ainda hoje, milhões de pessoas sofrem com a pobreza, a fome, a falta de acesso à saúde, à educação, à moradia, ao trabalho, à água potável e ao saneamento básico. Ainda hoje, milhões de pessoas são vítimas de guerras, conflitos armados, terrorismo, tortura, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais. Ainda hoje, milhões de pessoas são alvo de racismo, xenofobia, homofobia, transfobia, misoginia, intolerância religiosa e outras formas de ódio e preconceito.
Diante desse cenário, não podemos nos calar nem nos omitir. Temos que nos engajar na defesa dos direitos humanos, denunciar as violações, exigir justiça e reparação para as vítimas, cobrar dos governos e das instituições o cumprimento dos compromissos assumidos nos tratados e nas convenções internacionais. Temos que nos educar e educar as novas gerações sobre os princípios e os valores dos direitos humanos, cultivar uma cultura de paz, solidariedade e cooperação entre os povos.
Afinal, os direitos humanos são a base da convivência humana. Eles são inerentes à nossa condição de seres humanos e devem ser respeitados e protegidos por todos e para todos. Eles são indivisíveis, interdependentes e universais. Eles são o nosso maior patrimônio e o nosso maior desafio.
Paulo Pereira