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Deputado Wellinton Roberto Critica Reajuste do PAA e Defende Valorização do Leite de Cabra da Paraíba

Estado, maior produtor de leite de cabra do Brasil, recebe menor reajuste no Nordeste; insatisfação une políticos e produtores.


Foto: Ascom

Política - O deputado federal Wellinton Roberto (PL) se posicionou de forma contundente contra a nova resolução do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que determinou os reajustes dos valores pagos pelo litro de leite no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Para a Paraíba, maior produtora de leite de cabra do Brasil, o aumento foi o menor entre os estados do Nordeste: apenas R$ 0,63, subindo de R$ 2,70 para R$ 3,33. Enquanto isso, estados como Pernambuco, Bahia e Ceará receberam valores mais expressivos, gerando revolta entre produtores e lideranças políticas.

"O leite de cabra é um alimento de alto valor nutritivo, amplamente utilizado em programas sociais e na merenda escolar em diversos municípios paraibanos. Além disso, não podemos ignorar o impacto direto na vida de milhares de pequenos agricultores, especialmente na região do Cariri paraibano, principal polo produtor do estado", declarou o deputado, reforçando a importância de reavaliar os critérios de reajuste adotados pelo governo federal.

O descontentamento de Wellinton Roberto reflete a insatisfação de produtores e entidades do setor. O presidente da Associação Paraibana dos Criadores de Caprinos e Ovinos (APACCO), Júnior Nóbrega, destacou o esforço dos produtores e do governo estadual, que tem investido fortemente no segmento. "Apesar de sermos o maior produtor de leite de cabra do Brasil, ficamos na última colocação em reajuste. Isso nos obriga a mobilizar forças para reavaliar esses valores. O governo da Paraíba chegou a bancar o programa sozinho por quase seis meses devido à falta de repasses federais na gestão anterior", criticou Nóbrega.


Segundo ele, a Paraíba produz mais de 30 mil litros de leite de cabra por dia, garantindo sustento para centenas de famílias e movimentando a economia regional. No entanto, o baixo reajuste coloca em risco a continuidade dessa cadeia produtiva, gerando preocupação quanto à viabilidade econômica para os pequenos agricultores.

O cenário exposto pelo reajuste do PAA levanta questões sobre a política do governo federal em relação à produção paraibana. Por que o maior produtor do Brasil, responsável por atender parte significativa dos programas sociais com leite de cabra, foi preterido no reajuste? A decisão parece desconsiderar a relevância econômica e social do setor para o estado e ignora os esforços feitos pela Paraíba para manter o programa em funcionamento durante crises passadas.

Wellinton Roberto acertou ao dar visibilidade ao problema e liderar o diálogo com o Ministério. No entanto, o impacto dessa articulação dependerá de um esforço conjunto entre deputados, senadores e governo estadual para pressionar por uma revisão justa dos valores.

Enquanto a indignação cresce, as expectativas recaem sobre a capacidade de mobilização dos representantes políticos e das entidades do setor. O desafio será traduzir a força produtiva da Paraíba em argumentos sólidos que convençam o governo federal a corrigir o que é, na prática, uma distorção prejudicial para o estado.

A Paraíba, com sua vasta produção de leite de cabra e o comprometimento de seus agricultores, merece um tratamento condizente com sua importância nacional. O momento exige articulação, diálogo e, acima de tudo, um compromisso concreto com os que sustentam essa cadeia produtiva essencial para o Nordeste.

Da Redação do Blog

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