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Patrimônio Histórico da Fazenda Acauã à beira do desabamento: Câmara de Aparecida cobra promessas do Secretário de Cultura da Paraíba

Foto: Ascom
Foto: Ascom

A Fazenda Acauã, um dos mais importantes patrimônios históricos da Paraíba, enfrenta um risco iminente de desabamento. A promessa de uma reforma emergencial feita pelo Secretário de Cultura do Estado, Pedro Daniel de Carli Santos, durante a 13ª Mostra Acauã do Audiovisual Brasileiro, em novembro de 2024, permanece sem ação concreta. Enquanto isso, a história, que deveria ser preservada, se desfaz em rachaduras e infiltrações.

A situação é grave e mobilizou a Câmara Municipal de Aparecida, que aprovou o requerimento nº 04/2025, do vereador Marcos Damião Fonseca de Sousa(PSB), cobrando providências urgentes para a reforma do Conjunto Histórico da Fazenda Acauã, tombado pelo IPHAN e pelo IPHAEP. As estruturas comprometidas, com goteiras e problemas no madeiramento do teto, tornam-se ainda mais vulneráveis no período chuvoso.

É inconcebível que um bem de tamanha relevância para a cultura paraibana e brasileira seja negligenciado. A Fazenda Acauã, datada de 1750, abrigou figuras históricas como o Presidente João Suassuna e o escritor Ariano Suassuna, cuja infância foi marcada por esse cenário singular. A falta de uma política eficiente de preservação do patrimônio histórico tem sido um problema crônico no Brasil, resultando em desmoronamentos de edifícios icônicos, como ocorreu com a Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, e o Casario do Porto Geral, em Corumbá.

O abandono da Fazenda Acauã é um reflexo do desinteresse estatal em preservar o que nos define como nação. O local, onde o escritor Ariano Suassuna passou parte da infância, é um símbolo da cultura nordestina e deveria ser tratado como tal. A própria família do escritor luta há quase uma década para implantar o Museu Armorial dos Sertões no conjunto histórico, mas sem apoio do governo, a iniciativa permanece apenas no papel

O poder público não pode continuar ignorando a gravidade da situação. Apesar dos esforços da Prefeitura de Aparecida em manter o local minimamente preservado, arcando com despesas de energia, limpeza e zeladoria, a responsabilidade pela restauração cabe ao Estado. A promessa do Secretário de Cultura precisa sair do discurso e virar realidade. O que se espera são ações concretas, não palavras ao vento. E até quando ficaremos reféns da negligência? Até que tudo venha abaixo e se perca para sempre?

Além da urgente reforma estrutural, é essencial avançar no projeto do Museu Armorial dos Sertões, uma iniciativa sonhada pelo próprio Ariano Suassuna e que poderia transformar o local em um verdadeiro centro de referência cultural. Um museu desse porte traria visibilidade e desenvolvimento para a região, além de honrar a memória de um dos maiores expoentes da cultura brasileira.

O tempo está se esgotando. Se nada for feito, o que restará da Fazenda Acauã serão apenas ruínas e lágrimas. Que a cultura e a história não sejam mais uma vez relegadas ao abandono. O momento de agir é agora!

Fonte: Da Redação do Blog com Blog do Seu Leo

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