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Opinião

Por que se mata tanto negro no Brasil?


O Brasil é um país que carrega consigo a marca da escravidão, um período da nossa história que deixou marcas profundas na sociedade. Apesar da abolição da escravatura ter ocorrido há mais de um século, os negros ainda enfrentam muitos desafios e são vítimas de violência e discriminação. Infelizmente, essa realidade se reflete em números alarmantes de mortes de negros em nosso país.

De acordo com dados do Atlas da Violência, divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2019, o número de homicídios de pessoas negras no Brasil foi de 37.707, o que representa 75,7% de todas as mortes violentas registradas no país. É importante destacar que, apesar de os negros representarem apenas 56,2% da população brasileira, eles são maioria entre as vítimas de homicídio.

Diante desses dados, é preciso refletir sobre as causas que levam a esse cenário alarmante. É inegável que a questão racial está diretamente ligada à violência e à discriminação que os negros enfrentam diariamente em nosso país. O preconceito e o racismo estrutural ainda são uma realidade, mesmo que muitas vezes disfarçados sob a aparência de "piadas" ou "brincadeiras". A falta de representatividade nas esferas de poder e a desigualdade social também são fatores que contribuem para a violência contra a população negra.

Além disso, o sistema de segurança pública no Brasil é falho e muitas vezes violento, principalmente nas periferias e favelas, onde a maioria da população é negra. A polícia é responsável por grande parte das mortes violentas, sendo que muitas dessas mortes são resultado de abordagens policiais truculentas e abusos de poder. É necessário uma profunda reformulação das políticas públicas de segurança, garantindo que a polícia cumpra seu papel de proteger a população, e não de assassinar jovens negros nas ruas.

A solução para esse problema passa por políticas públicas efetivas de combate à discriminação e à desigualdade social, além de medidas que garantam uma segurança pública mais justa e igualitária. É preciso enfrentar o racismo estrutural e garantir que a vida dos negros seja valorizada em nosso país. Afinal, não podemos mais aceitar que a cor da pele determine quem vive e quem morre em nossa sociedade.

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