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Paraibano ex-assessor de Bolsonaro é indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado

Paraibano se tornou próximo do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro após formar uma amizade com Carlos Bolsonaro.


Foto: Ascom

O paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos 37 indiciados por tentativa de golpe de Estado. O indiciamento foi feito nesta quinta-feira (21).

Como visto pelo ClickPB, Tércio Arnaud já era investigado pela Polícia Federal desde o início deste ano. O motivo dessa investigação também foi de tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

Em fevereiro, Arnaud foi alvo de um mandado de busca e apreensão e era considerado com um dos cabeças do chamado "gabinete do ódio", um núcleo formado por apoiadores e aliados de Bolsonaro em 2022. Na época da operação, Tércio Arnoud teve um celular apreendido.

Natural de Campina Grande, Tércio Arnoud se tornou próximo do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro após formar uma amizade com Carlos Bolsonaro. Tércio foi idealizador de páginas no Facebook direcionadas a divulgar Jair Bolsonaro entre 2013 e 2018. Em 2019, Tércio Arnaud foi nomeado assessor especial da Presidência.

Além de Jair Bolsonaro e Tércio Arnoud, outras 35 pessoas foram indiciadas por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Confira todos os nomes abaixo:

Veja íntegra da nota da PF sobre o indiciamento:

A Polícia Federal encerrou nesta quinta-feira (21) investigação que apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal com o indiciamento de 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário.

As investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência dos seguintes grupos:

a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
c) Núcleo Jurídico;
d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
e) Núcleo de Inteligência Paralela;
f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas

Com a entrega do relatório, a Polícia Federal encerra as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.


Da Redação com clickpb

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