“A parceria entre o governo do Tocantins e a Prefeitura de Aguiarnópolis permite a operação de dez barcos de médio porte, cada um com capacidade para transportar de cinco a oito passageiros. As embarcações funcionarão todos os dias, das 5h às 19h, exclusivamente para o transporte gratuito de pessoas”, informou o governo do Tocantins.
O governo do Tocantins informou que um aporte inicial de R$ 135 mil foi disponibilizado para garantir o transporte gratuito por 30 dias, enquanto são conduzidas as tratativas para soluções permanentes, assegurando a mobilidade da população dos dois municípios. O valor total, segundo o governo, pode chegar a R$ 300 mil.A fiscalização ficará a cargo da Agência Tocantinense de Regulação (ATR), com o apoio do Corpo de Bombeiros, que manterá uma equipe fixa no local.
Com a queda da ponte, não há travessia de veículos nesta região. Para transitar entre os dois estados, os motoristas precisam pegar rotas alternativas. A empresa contratada inicialmente teve o contrato suspenso por estar proibida de realizar contratos com a União.
Na semana passada, uma nova empresa foi autorizada a fazer a travessia de veículos pesados pelo Rio Tocantins, entre Aguiarnópolis e Estreito. Por meio de nota, a empresa LN Moraes Logística Ltda, autorizada para o serviço no local pela Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), informou que as balsas estão em deslocamento para a região do Rio Tocantins e a operação está prevista para iniciar em até 30 dias.
Estudos indicam que seriam necessárias quatro balsas, com cerca de 40 metros cada, para atender de maneira adequada a população. Duas para o transporte de veiculos como automoveis de passeio, utilitarios, vans, ônibus e veículos com capacidade de ate 8 toneladas. Outras duas para atender os caminhões, carretas, bitrens, e veiculos de carga em geral.
Tragédia
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. Na ocasião, três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões que trafegavam na ponte caíram no rio, com 18 pessoas, ao todo. A operação de busca e resgate teve início no mesmo dia com o uso de embarcações.
Das 17 pessoas desaparecidas com a queda da ponte, 14 já foram localizadas, três ainda seguem desaparecidas. As buscas pelos desaparecidos continuam a ser realizadas com a utilização de embarcações e drones aéreos. Já os mergulhos foram suspensos em razão do aumento no volume da vazão do Rio Tocantins devido à abertura das comportas da usina hidrelétrica de Estreito.
As pessoas que permanecem desaparecidas após o colapso da ponte são Salmon Alves Santos, de 65 anos, e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, avô e neto, respectivamente, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.
EBC