O governo Donald Trump anunciou um plano de demissão voluntária para mais de 2 milhões de funcionários da administração federal. A proposta, apresentada em um e-mail do Escritório de Gestão de Pessoal da Casa Branca, garante pagamento por oito meses para aqueles que aderirem.
A oferta abrange a maioria dos 2,3 milhões de servidores federais. Segundo o memorando da Casa Branca, os funcionários demitidos terão suas funções eliminadas ou realocadas imediatamente, entrando em licença administrativa remunerada até o final de setembro.
Funcionários têm até 6 de fevereiro para aceitar a demissão voluntária. Esta é a medida mais radical do governo Trump para reduzir gastos com pessoal, implementada em meio à ordem de retorno ao trabalho presencial e ameaças de demissão.
"No momento, não podemos garantir com total certeza a segurança do seu cargo ou do seu órgão, mas, caso seu cargo seja eliminado você será tratado com dignidade e terá direito às proteções existentes para essas situações." concluiu o e-mail, intitulado "Encruzilhada".
Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental, chamou a indenização de "muito generosa" no X. Ele estima que entre 5% e 10% dos funcionários elegíveis aceitarão a proposta. Musk já havia defendido "reduções massivas" no quadro de funcionários federais.
"Se, ao final desse processo, conseguirmos converter funcionários públicos em trabalhadores do setor privado, ajudando a aumentar nosso PIB e a fortalecer a produção nacional... isso provavelmente será uma coisa boa." disse o deputado Andy Harris (Republicano de Maryland).
Republicanos defendem os cortes, enquanto democratas os criticam como uma ameaça à democracia. A Federação Americana de Funcionários do Governo, maior sindicato de servidores federais, aconselha os funcionários a não aceitarem a demissão.
"Expurgar o governo federal de funcionários dedicados terá consequências imensas e não intencionais, causando caos para os americanos que dependem de um governo funcionando." alertou Everett Kelley, presidente da Federação.
Especialistas alertam para potenciais consequências negativas, como uma onda de aposentadorias, desencorajamento de recém-formados e aumento da concorrência no setor privado. A redução da máquina pública era um ponto central da campanha de Trump, que criticou a burocracia e acusou-a de perseguir republicanos.
"A maioria desses burocratas está sendo demitida. Eles vão embora." declarou Trump em discurso.
Nos primeiros dias de governo, Trump congelou contratações (exceto militares e áreas essenciais), ordenou o retorno ao trabalho presencial e eliminou programas de promoção da diversidade. Um congelamento de subsídios, empréstimos e assistências do governo, posteriormente bloqueado pela Justiça, causou caos em programas sociais.
Em resumo, a demissão voluntária representa uma tentativa significativa de redução de custos por parte da administração Trump, gerando debates acalorados e incertezas sobre o futuro da administração pública americana.
*Reportagem produzida com auxílio de IA