Política - O deputado federal Cabo Gilberto usou o espaço do programa FM Alerta, da rádio 104,3 FM, para tecer duras críticas à administração do governador João Azevedo, especialmente no que se refere às condições salariais e estruturais da segurança pública na Paraíba. Durante a entrevista, o parlamentar denunciou o que classificou como uma tentativa do governo de manipular a opinião pública contra os policiais militares, civis, penais e bombeiros militares.
"Imagine se não tivéssemos pessoas independentes para falar o que está acontecendo. O governador usa as plataformas tradicionais de comunicação para faltar com a verdade, dizendo que soldado ganha até R$ 15 mil. Isso é uma vergonha! Eu provei e deixei claro no meu mandato que a Paraíba paga um dos piores salários do Brasil para os policiais", afirmou o deputado.
Além da questão salarial, Cabo Gilberto denunciou as condições precárias das unidades operacionais e delegacias no estado. Ele citou o 14º Batalhão de Polícia Militar, em Sousa, que funciona em um prédio escolar, e a delegacia da cidade, classificada pelo parlamentar como uma "verdadeira vergonha".
"O policial penal, o policial civil, o bombeiro militar e o policial militar trabalham em péssimas condições. Visitem os batalhões, as delegacias e os presídios e vejam com os próprios olhos a precariedade da estrutura que o governo oferece", ressaltou.
Questionado sobre um possível indicativo de greve, Cabo Gilberto descartou a possibilidade, afirmando que a Constituição Federal proíbe a paralisação das forças de segurança. No entanto, ele garantiu que há formas legais de pressionar o governo para atender às reivindicações da categoria.
"Não podemos fazer greve, mas podemos adotar medidas dentro da legalidade para mostrar à sociedade a realidade da segurança pública. Nosso movimento é legítimo e conta com o apoio da população, que sabe que temos o pior salário do Brasil", disse o deputado.
A expectativa agora é pela retomada das negociações entre o Fórum de Segurança Pública e o governo estadual. Segundo Cabo Gilberto, a categoria quer apenas um reajuste justo, baseado na média salarial do Nordeste. "Nada além disso. O governador precisa ter responsabilidade com a segurança pública", concluiu.
Da Redação do Blog