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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: SUS realiza 5,2 milhões de exames papanicolau para detecção da doença

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, cerca de 16,7 mil mulheres poderão desenvolver a doença até o final de 2022. Gestores de saúde alertam: a detecção precoce poderá salvar muitas vidas

Foto: Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil

Cerca de 16,7 mil mulheres poderão ter câncer de colo de útero até o final de 2022, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para evitar a progressão da doença, é preciso detectar rapidamente. Nos serviços de Atenção Primária à Saúde do SUS, foram mais de 5,2 milhões de exames preventivos realizados no ano passado.

A coleta material citopatológico do colo de útero ou papanicolau é a principal forma de rastreamento e detecção precoce desse tipo de câncer e é indicado para mulheres de 25 a 64 anos a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos normais.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente existem mais de 42 mil unidades básicas de saúde com cerca de 1,2 mil equipes de Atenção Primária atuando em todo território onde as mulheres podem fazer estes e outros exames. Além disso, há mais de 317 hospitais e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer, que integram a rede SUS.

"É importante lembrarmos que, muitas vezes, o câncer do colo do útero não apresenta sintomas no início. Sangramentos, dores, normalmente esses sintomas vão aparecer quando o tumor já está num estádio mais avançado. O exame preventivo, é a melhor forma de se conseguir detectar essas lesões em estágios iniciais e até mesmo quando ainda não são cânceres", destaca a coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde, Patricia Izetti.

Rosimar Mendes da Silva, de 43 anos, foi diagnosticada com câncer do colo do útero em junho de 2016. Na época, a moradora de Brasília teve que abandonar o trabalho para se dedicar ao tratamento da doença. Apesar de todas as dificuldades, em fevereiro de 2017, ela recebeu a notícia de que havia sido curada.

"Quem está passando pelo câncer, recomendo que persista. Deus deixou a medicina para nos ajudar. Sempre falo que amo viver, mesmo em meio a tanta dificuldade que tenho que enfrentar. A minha família e meus amigos me acolheram", conta Rosimar.

Para realizar a coleta de material para exame citopatológico de colo de útero, a mulher deve ir à uma unidade de saúde do SUS e agendar a consulta com os profissionais de saúde, que vão avaliar histórico e sintomas. A coleta do material é feita pelo médico, que provoca uma pequena descamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula e uma escovinha. As células colhidas são colocadas numa lâmina para serem analisadas em laboratório especializado em citopatologia.

Patrícia Izetti explica que, eventualmente, algumas instituições e hospitais de maior complexidade ofertam esse exame, mas em contextos muito específicos. "O exame citopatológico do colo do útero, também conhecido como exame preventivo ou Papanicolau, é ofertado nas unidades básicas de saúde e a mulher deve procurar aquela UBS a qual ela está cadastrada e vinculada para que possa fazer o seu exame preventivo", orienta.

Porta de entrada

A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e do centro de comunicação com toda a Rede de Atenção dos SUS. É o primeiro contato que a população tem quando procura atendimento ou uma Unidade de Saúde da Família (USF).

Por meio da APS são promovidas ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde. Esse serviço é realizado por uma equipe multiprofissional e dirigido à população em cada território definido, sobre os quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.


Fonte: Da Redação com Brasil 61

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