O maior telescópio espacial já lançado pela ciência divulgou na terça (11) uma série de imagens e dados científicos de suas primeiras observações (veja uma foto acima).
As imagens mostram duas nebulosas (gigantes nuvens de poeira e gás que pairam no espaço), um aglomerado de galáxias e um grupo de cinco de galáxias a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância.
Mas o que cada foto do supertelescópio revela? Para entender isso, o g1 conversou com especialistas e montou infográficos que apresentam os detalhes das 4 surpreendentes imagens e um comparação dos mesmos registros feitos pelo famoso telescópio Hubble.
Aglomerado de galáxias
Essa foi a primeira foto colorida divulgado pelo telescópio espacial James Webb.
Segundo a Nasa, a imagem é a visão infravermelha mais profunda e nítida do universo até então. Nela, é possível ver um aglomerado de galáxias chamado de SMACS 0723, exatamente como ele era há cerca de 4,6 bilhões de anos.
Aglomerado de galáxias — Foto: Arte g1
Nebulosa do Anel Sul
A Nebulosa do Anel Sul também conhecida como nebulosa "Eight-Burst", não foi escolhida à toa pela equipe do Webb.
"Olhar para essa nebulosa é como se estivéssemos olhando para o futuro do Sol. O Sol vai se transformar em uma nebulosa planetária [uma nuvem de gás em expansão que cerca uma estrela no fim de sua vida] como essa", diz o astrofísico Rogemar Riffel, da Universidade Federal de Santa Maria.
Segundo a Nasa, duas câmeras a bordo do Webb capturaram a imagem mais recente desta nebulosa localizada a aproximadamente 2 mil anos-luz de distância da Terra. E pela primeira vez, devido ao grande nível de detalhes dessa imagem, o Webb conseguiu revelar que a estrela está coberta de poeira.
Nebulosa do Anel Sul — Foto: Arte g1
Nebulosa de Carina
A Nebulosa de Carina, por vezes chamada de Nebulosa de Eta Carinae, é o "contrário" da Anel Sul, conta Riffel: ela é uma região de formação de estrelas.
Segundo a agência espacial norte-americana, esta é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do espaço, localizada a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância, na constelação sul de Carina.
Quinteto de Stephan
O Quinteto de Stephan é um grupo de cinco galáxias (NGC7317, 7318A, 7318B, 7319 and 7320), o primeiro do tipo a ser descoberto. Foi o astrônomo francês Edouard Stephan, em 1877, que o descreveu pela primeira vez.
Localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pégaso, o quinteto é um objeto bastante familiar a astrônomos amadores, segundo a Nasa.
Redação do blog com g1