O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), disse nesta quarta-feira (1º) que deve iniciar, ainda este mês, a reversão da política de desoneração de jogos eletrônicos no Brasil. A medida, capitaneada pelo governo de Jair Bolsonaro, era vista como um aceno do ex-presidente ao eleitorado mais jovem.
Em entrevista ao UOL, Haddad disse que o tema deve ser encaminhado esse mês. "A gente manda pra Casa Civil em março e evidente que a Casa Civil vai chamar os ministérios envolvidos mas é uma prerrogativa da Fazenda", comentou.
A medida tem o apoio do presidente Lula e depende de "uma estimativa um pouquinho mais precisa" do montante que pode ser arrecadado.
"Já falei com o presidente e ele se disse a favor, porque em lugar nenhum lugar no mundo os jogos não são tributados", disse.
O ministro não detalhou o quanto o país deixa de arrecadar com a tributação de jogos e componentes eletrônicos, mas disse ser um valor expressivo. "Bilhões. Não muitos, mas bilhões".
Bolsonaro tentou manter proximidade com o eleitorado jovem ao reduzir as alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de videogames e suas plataformas. Em junho do ano passado, anunciou a quarta redução do tipo.
O Antagonista