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saúde

O que é demência frontotemporal? Quais os sintomas e o tratamento?

Neste episódio, a psiquiatra CĂ©lia Gallo, fala sobre demĂȘncia frontotemporal


Foto: Reprodução/Canal Doutor Ajuda

VocĂȘ conhece alguém que estĂĄ tendo comportamentos diferentes, socialmente inadequados? Ou estĂĄ com dificuldades para falar ou reconhecer objetos? JĂĄ ouviu falar de demĂȘncia frontotemporal?

O termo demĂȘncia significa uma diminuição lenta e progressiva da função mental que afeta a memória, pensamento e a capacidade de aprender. A demĂȘncia frontotemporal é a segunda causa mais comum de demĂȘncia em adultos com menos de 65 anos, sendo a demĂȘncia de Alzheimer a primeira. No entanto, uma característica marcante da demĂȘncia frontotemporal é que ela preserva a memória por um período inicial, o que pode dificultar o diagnóstico.

Ao contrĂĄrio do Alzheimer, a demĂȘncia frontotemporal afeta principalmente as regiões do cérebro responsĂĄveis pelo comportamento, personalidade e linguagem. Isso resulta em sintomas distintos dos observados na doença de Alzheimer.

Sintomas

Os sintomas da demĂȘncia frontotemporal podem ser divididos em duas categorias principais:

Comportamentais e de personalidade:

  1. A pessoa fica mais irritada, grosseira e agressiva, possui dificuldade na regulação de emoções com oscilações de humor, onde as reações de alegria e tristeza são mais intensas;
  2. Descuido com a higiene pessoal, como não tomar banho, deixar de escovar os dentes;

  3. Perda de empatia e indiferença com as necessidades de outras pessoas;

  4. Falta de senso crítico;

  5. Comportamentos socialmente inadequados, como incomodar pessoas na rua, fazer piadas inadequadas;

  6. Impulsividade;

  7. Em casos mais graves, podem ocorrer comportamentos bizarros, como erotização e desinibição sexual, usando palavras de baixo calão e a perda do pudor.

Linguagem e fala:

Essa por sua vez é progressivamente afetada, podendo ocorrer dificuldades na compreensão e na expressão verbal, com redução na capacidade de falar. Os principais sintomas são:

  1. Dificuldade de compreender a fala, não entendendo o significado das palavras;

  2. Prejuízo na capacidade de produzir palavras e formar frases complexas;

  3. Dificuldade de reconhecer objetos e pessoas e problemas em nomeĂĄ-los.

As pessoas com demĂȘncia frontotemporal, acabam perdendo a capacidade de usar as palavras para se expressar, não porque a memória falha, mas por causa da disfunção do lóbulo frontal. Com a evolução da doença, podem deixar de falar definitivamente. Alguns pacientes desenvolvem atrofia muscular generalizada, fraqueza, podendo ocorrer também dificuldades de mastigar e engolir.

Diagnóstico

Não existe um exame único para o diagnóstico. É realizado com base na história clínica, sinais e sintomas relatados pelos pacientes e seus familiares, jĂĄ que os pacientes não percebem suas dificuldades. É preciso excluir outras causas jĂĄ que alguns sintomas podem estar associados a outras doenças, assim é realizada uma investigação minuciosa, com a realização de exames específicos como testes cognitivos, exames de sangue, entre outros.

Tratamento

Infelizmente, não existe uma cura ou tratamento específico para a demĂȘncia frontotemporal, o tratamento tem como objetivo melhorar os sintomas. O paciente que apresenta quadro depressivo, são recomendados antidepressivos por tempo limitado. Para as alterações de comportamento, são indicados neurolépticos, que são medicamentos que possuem efeitos sedativos e psicomotores.

Criar um ambiente seguro e de apoio, pode ser muito útil. Geralmente o ambiente deve ser iluminado, seguro, estĂĄvel e projetado de forma que ajude na organização. Alguns estímulos como rĂĄdio e televisão são úteis, mas estímulos excessivos devem ser evitados. Uma rotina bem estabelecida ajuda pessoas com demĂȘncia frontotemporal a terem uma sensação de segurança e estabilidade.

Qual a causa da demĂȘncia frontotemporal?

Sabemos que existem alterações genéticas que podem predispor esse tipo de demĂȘncia. Cerca de 10 a 20% das pessoas que possuem demĂȘncia frontotemporal, tĂȘm ou tiveram parentes que possuíam sintomas parecidos.

Para mais detalhes, assista o vídeo no canal Doutor Ajuda.



Da Redação com Brasil 61

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