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Desenrola Brasil já renegociou quase R$ 30 bilhões em dívidas; especialistas alertam para cuidados neste período do ano

Programa abrange dĂ­vidas negativadas entre 1Âș de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022


Especialistas recomendam cuidado nas compras de fim de ano. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Mais de 10 milhões de brasileiros jĂĄ foram beneficiados pelo Desenrola Brasil do governo federal. Ao todo, foram renegociados mais de R$ 29 bilhões em dĂ­vidas desde julho deste ano, quando o programa foi lançado. O Desenrola abrange dĂ­vidas negativadas entre 1Âș de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

O Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil, que foi divulgado nesta semana pelo Ministério da Fazenda e Bolsa de Valores do Brasil (B3), apontou que na fase 2, aberta em outubro, os descontos chegaram a 98,6% do valor da dĂ­vida.

No entanto, o conselheiro suplente do Corecon-BA Edval Landulfo alerta as pessoas que conseguiram quitar as dĂ­vidas, para que não caiam em armadilhas, principalmente com as tentações do fim de ano.

"O risco de endividamento neste perĂ­odo é gigantesco. E aĂ­ vocĂȘ tem toda uma dificuldade para o inĂ­cio do ano, quando vem algumas festas, compromissos como compra de material escolar, IPTU, IPVA tem alguns impostos a pagar. Então, tem que ter essa cautela para que o nome não venha a ser negativado novamente", analisa.

O censo mostrou ainda que o ticket médio das renegociações foi de R$ 248 nos pagamentos à vista e de R$ 791 na opção parcelamento, quando a média dos juros foi de 1,8% mensal.

Na próxima semana, o governo vai mandar para o Congresso Nacional uma medida provisória prorrogando o Desenrola Brasil, que terminaria no dia 31 de dezembro, para os trĂȘs primeiros meses de 2024.

InadimplĂȘncia

No paĂ­s, em outubro, havia cerca de 72 milhões de pessoas em situação de inadimplĂȘncia, de acordo com o Ășltimo levantamento da Serasa. Em relação ao mĂȘs anterior o crescimento foi de 130 mil.

Pessoas com idade de 41 a 60 anos representam 34,9% do total, e de 26 a 40 anos, correspondem a 34,5%. A faixa etĂĄria acima de 60 anos representa 18,4% dos inadimplentes.

O consultor financeiro EdĂ­sio Freire fala sobre as consequĂȘncias que a situação de inadimplĂȘncia traz, gerando desde problemas emocionais e familiares à dificuldade de crédito.

"Não poder ter acesso a nenhuma linha de crédito que seja verdadeiramente necessĂĄria no seu dia a dia, se precisar comprar um imovel, um veĂ­culo, ter um financiamento? Em alguns casos pode prejudicar coisas mais simples como ter um contrato com uma operadora de telefonia e internet, vocĂȘ pode ter seu crédito totalmente limitado, isso é ruim", alerta.

Ele orienta que, após quitar as dĂ­vidas, é preciso refletir sobre o perĂ­odo que ficou no vermelho e adotar algumas estratégias para não fazer novas dĂ­vidas, como o uso de planilhas, concentrar as compras em um Ășnico cartão e fazer reserva de emergĂȘncia.


Da Redação com Brasil 61

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