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Movimento negro: entidades do movimento negro e sindicais se reúnem com objetivo de traçar metas de combate ao racismo em Sousa.

Reunião de entidades negras e movimentos sindicais realizaram encontro com objetivos de combater o racismo e suas formas de atuação.

Foto: Ascom
Foto: Ascom

Na tarde desta sexta-feira (27), no auditório da STtrans na cidade de Sousa membros da Marcha Unificada da Paraíba, Sindicato dos Professores de Sousa, NIEABI/IFPB campus Sousa e Sindicato dos Trabalhadores Federais estiveram reunidos afim de discutir estratégias de reorganização do Centro de Estudos do Negro da cidade de Sousa para buscar metas de combater o racismo estrutural.

A Marcha Unificada da Paraíba representada pela professora Marli, Lourdes e a estudante de ciências agrárias Katarine Silva que desde de 2019 vem fazendo um trabalho de articulação das entidades negras paraibana com objetivo de lutar contra o chamado racismo estrutural e cobrar dos governos efetivação da lei 10.639/03, que trata do ensino de história da África e seus descendentes aqui no Brasil.

O CEN (Centro de Estudos do Negro) representado por Dr. Valdeci Filho, Ana Cleide, Paulo Pereira e Caetano Lima entidade que a 23 anos vem combatendo o racismo estrutural e suas formas correlatas buscamos mostrar ao longo dessa história um período com as conquistas apresentando a necessidade de construir uma nova consciência racial na cidade de Sousa, possibilitando a convivência de todos com a diferença e respeitando principalmente o povo negro que foi colocado a margem da sociedade.

O NEABI/IFPB órgão aqui representado pelos professores Francisco Tibério e a Professora Lívia (IFPB) campus Sousa tem como objetivo combater o racismo e suas formas correlatas, valorizar e divulgar a cultura afro-brasileira e indígena dentro do meio acadêmico e educacional.

SINTEF- PB. Sousa representado pelo Professor Caetano Lima falou que o sindicato assim como os demais órgão sindicais de Sousa tem um papel importante na luta contra o racismo estrutural "essa é uma luta de todos nós membros dos movimentos e ativistas sindicais que quer um Brasil melhor, uma sociedade melhor" afirmou o professor Caetano se colocando desde já a disposição da luta de retomada das lutas do CEN na busca de combater essa que é uma chaga da nossa história, o racismo.

SINDPROMS representado pelo professor Antônio Formiga que desconhecia o CEN, mas que a partir daquele momento estaria pronto para colaborar na luta que ficou bastante interessado, não só como representante do sindicato, fará com que essa ideia chegue em outras instituições, exemplos de entidades religiosas a qual ele participa "essa é uma luta que precisa de todas a mãos juntas, negras e brancas, pra lutar contra o racismo e preconceito que envergonha nossa sociedade", declarou o professor.

Nossa história de Luta...

O CEN – Centro de Estudo do Negro nasce em 1999, fundado por Paulo Cesar Pereira, João de Carvalho (Balula in memoria) Mãe Quinha (in memoria,) Aspásia yalorixa, Alvoro Fernandes, Caetano Lima, Valber Matos, Porcina Furtado, Valdeci Filho, Maria do Socorro Ferreira, Geni Ferreira, Ana Cleide, Dona Mundoca e demais companheiros valorosos. Com mais de vinte anos de atividades e de luta contra todas as formas de racismo e preconceitos, na defesa incessante da valorização da pessoa negra somos uma entidade sem fins lucrativos com sede na cidade de Sousa interior da Paraíba.

Nossa história sempre foi pautada na formação dos nossos militantes na busca pelo conhecimento da nossa história na busca pelo passado dos nossos ancestrais que antes de nós deixaram o legado da resistência do nosso povo negro. Construímos nossas referências nas lutas de companheiros que se juntaram para transformar nossa região do recanto de um estado pequeno e que sempre teve o preconceito contra nosso povo ao longo de sua história.

O Centro de Estudos do Negro nasceu com esse nome por ter na sua origem a necessidade de compreender as lutas do nosso povo afro-brasileiro e de seus ancestrais africanos, o estudo de nossa história sempre esteve pautado em nossas reuniões e encontros promovidos pela entidade afim de construir um conhecimento em nossa região e a formação de educadores, profissionais da educação, militantes de movimentos sociais e ativistas de movimentos ligados a cultura e tradições afro-brasileira, no início dos anos 2000 dávamos início ao vários eventos promovidos pelo CEN em parceria com movimento negro da paraíba, onde realizamos o II Encontro Estadual de Entidades Negras da Paraíba, realizamos o I Kizomba Fest (evento de beleza negra) com a participação do grupo de dança afro "Perola Negra" da cidade de Santa Rita-PB, realizamos vários Batizados de Capoeira em parceria com o Mestre Socó hoje Nação Brasil, como também promovemos várias Semanas da Consciência Negra em alusão ao 20 de novembro "Dia Nacional da Consciência Negra".

O Centro de estudos negro firmou parceria com vários segmentos para promover a promoção da igualdade racial entre esses parceiros estavam: Movimento Negro da Paraíba; Movane-PB; IFPB; Grupo Teatro Oficina; Academia Sousense de Poesia; Câmara Municipal de Sousa; CEEIGEF; dentre outras que contribuíram para nossa caminhada em defesa da promoção da igualdade racial.

Como conquistas o centro de estudos do negro propôs ao parlamento municipal que de maneira republicana e democrática aprovaram as seguintes leis municipais: Lei que cria o dia 20 de novembro alusivo ao Zumbi dos Palmares que torna obrigatório as escolas municipais a comemorar essa data nas escolas públicas municipais; a Lei que assegura 20% de vagas para pessoas negras no ambiento da administração pública municipal; A Lei que torou o CEN de utilidade pública municipal e a Lei de Ações Afirmativa no Município de Sousa.

Nossa maior referência João Balula, incentivador da nossa história foi por ele a ideia do CEN nasceu, se firmou e consolidou-se como uma entidade que busca combater todas as formas de preconceitos, discriminações e o racismo em suas amplas formas de se apresentar o seio de nossa sociedade que ainda tem o pensamento de uma lógica racista, machista e patriarcal com referências de sociedade tradicional, que ainda lutar em manter essas nodoas que envergonha nosso povo e nega nossa história.

Augustinho Neto nos ensina com sua poesia quem somos e que nunca deveremos deixar de sermos. "Minhas mãos colocaram pedras nos alicerceasses do mundo, mereço o meu pedaço de pão"

Axé!

Por: Paulo Pereira – 08-04-2022.

Fonte: Da Redação

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