No encontro televisivo da TV Cultura, o candidato José Luiz Datena (PSDB) perdeu a compostura e agrediu seu adversário Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira. A cena, chocante e amplamente criticada, reflete muito mais do que um simples ato de violência.
Pablo Marçal, com sua postura de ex-coach, já vinha irritando Datena com diversas provocações, que culminaram nesse triste episódio. É preciso considerar o comportamento inflamado de Marçal. Não se trata de justificar o inaceitável, mas de entender o que levou a esse ponto. As provocações no campo político são frequentes, mas há uma linha tênue que, ao ser ultrapassada, pode desencadear reações extremas.
Tanto Marçal quanto Datena são figuras relativamente novas na política, cada um vindo de um cenário diferente. Datena, com sua longa trajetória na TV, pareceu sucumbir ao peso do momento, enquanto Marçal, conhecido por seu estilo provocador, usou de uma estratégia arriscada. Esses embates entre novos candidatos têm revelado uma falta de equilíbrio e preparo emocional, algo que a política não pode permitir.
Ao analisarmos esse incidente, é crucial que não desonremos os políticos mais experientes, que, com seus defeitos e virtudes, compreendem melhor os limites do debate público. O que vimos foi um conflito entre dois candidatos novos, sem a bagagem necessária para lidar com as tensões de uma campanha acirrada. Quem paga por isso é o eleitor, que merece uma disputa de ideias, e não de violência.
O episódio é um alerta para todos nós: novos rostos na política devem trazer renovação, mas precisam, acima de tudo, estar preparados para o que o cargo demanda, emocional e eticamente.
Por: Paulo Pereira
