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Entrevista com o Escritor Geraldo Bernardo: Uma Conversa sobre Literatura e Cultura do Sertão

Um Diálogo sobre Literatura e Cultura Popular

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Foto: Numa conversa descontraída com o blogdopaulopereira, Geraldo compartilhou pensamentos sobre sua jornada como escritor, professor e defensor da cultura popular.

No cenário vibrante da cultura nordestina, onde a literatura e a tradição oral se entrelaçam, o escritor Geraldo Bernardo emerge como uma figura multifacetada, trazendo consigo uma bagagem rica de experiências e reflexões. Numa conversa descontraída com o blogdopaulopereira, Geraldo compartilhou pensamentos sobre sua jornada como escritor, professor e defensor da cultura popular.

Geraldo Bernardo, aos 58 anos de idade e com uma trajetória que abraça diversas formas de expressão artística, apresenta-se como um contador de histórias e um observador atento do sertão e sua rica mitologia. Desde os 12 anos, quando começou a escrever, Geraldo mergulhou no universo da literatura, inicialmente explorando o teatro como forma de expressão. No entanto, ao longo dos anos, sua visão sobre o papel do escritor na sociedade foi se transformando.

"Eu vim escrevendo, acho que o teatro foi o meu primeiro exercício", compartilha Geraldo, destacando os desafios de ingressar no mundo literário, especialmente nas regiões interioranas do Brasil. Com uma postura crítica e autocrítica, ele reconhece a dificuldade de sobreviver como escritor profissionalmente, mas enfatiza a importância de persistir na produção de conteúdo de qualidade.

Ao longo da entrevista, Geraldo reflete sobre a evolução de sua obra e sua identidade como escritor, transitando de uma fase de militância literária para uma abordagem mais reflexiva e estilística. Ele compartilha sua visão sobre a utopia literária e a complexidade das lutas políticas ao longo da história, destacando a influência de autores como George Orwell e sua obra "A Revolução dos Bichos".

Com uma narrativa marcada por elementos da cultura popular nordestina, Geraldo revela a inspiração por trás de obras como "A Saga do Cvo" e "Quando os Bichos Falavam", explorando mitos e lendas regionais para criar universos ficcionais que dialogam com questões universais sobre poder e sociedade.

Em relação ao cenário atual da literatura e à influência da internet, Geraldo expressa preocupação com a redução da leitura e o domínio do entretenimento superficial nas plataformas digitais. Como educador, ele destaca os desafios de engajar os jovens na leitura e na produção literária em meio a essa realidade.

Finalmente, Geraldo compartilha sua mensagem para aspirantes a escritores e para aqueles que já trilham o caminho da literatura, enfatizando a importância da persistência, da autenticidade e do constante aprimoramento. Com um desejo de paz, luz e sabedoria, ele encerra a entrevista, deixando um convite para todos explorarem o universo da literatura com curiosidade e paixão.

Nesta entrevista descontraída, exploramos o momento atual de Geraldo e suas reflexões sobre literatura, cultura e o papel do escritor na sociedade.

Integra da entrevista

Paulo Pereira: Geraldo, é um prazer tê-lo aqui conosco. Como você descreveria o momento atual de Geraldo Bernardo em 2024?

Geraldo Bernardo: Paulo, é uma satisfação estar aqui. Atualmente, sou professor e revisor do Estado do Rio Grande do Norte, mas minha vida vai muito além da sala de aula. Desde os 12 anos, me identifico como escritor, embora minha jornada artística inclua também o teatro e outras formas de expressão. Estou vivendo um momento de intensa produção literária, revisitando e refinando obras antigas, e me considero um escritor em constante evolução.

Paulo Pereira: Você mencionou sua transição como escritor, buscando um estilo próprio. Como você vê essa jornada?

Geraldo Bernardo: Sim, essa transição foi fundamental. Aprendi que a literatura vai além do sonho de viver apenas dos direitos autorais e das vendas de livros. É uma arte que demanda constante autocrítica e adaptação. Hoje, me considero um escritor profissional no sentido de buscar sempre a qualidade em meu trabalho, mesmo sem sobreviver exclusivamente da literatura.

Paulo Pereira: Sua obra "A Saga do Corvo" é bastante conhecida. O que ela representa para você?

Geraldo Bernardo: "A Saga do Corvo" é uma história que incorpora elementos da cultura popular nordestina, explorando mitos e lendas. É uma forma de trazer para a literatura a riqueza de nossa tradição oral, combinando-a com uma narrativa contemporânea e universal.

Paulo Pereira: E sobre seu novo trabalho, "A Travessia do Umbu", o que podemos esperar?

Geraldo Bernardo: "A Travessia do Umbu" é uma coleção de nove contos que exploram temas como humor, dor e misticismo. É uma obra que reflete minha jornada pessoal, uma transição de um período de intensa dor e sofrimento para uma fase de renovação e humor corrosivo.

Paulo Pereira: Por fim, qual mensagem você gostaria de deixar para os aspirantes a escritores e para aqueles que já estão consolidados na área?

Geraldo Bernardo: Para os iniciantes, eu diria: persistam e revisitem seus escritos constantemente. A escrita é uma jornada de aprendizado e evolução. Para os mais experientes, que continuem a buscar qualidade e autenticidade em seus trabalhos, pois é isso que realmente faz a diferença na literatura.

Encerramos essa conversa enriquecedora com Geraldo Bernardo, um verdadeiro ícone da cultura do Sertão e um exemplo de dedicação à arte literária. Que suas palavras inspirem todos os amantes da escrita e da cultura popular.

Íntegra do Vídeo:


Por: Paulo Pereira

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