O governo Lula promove um encontro com novos prefeitos eleitos em 2024, em meio a um cenário de fortes tensões políticas e incertezas financeiras.
A reunião, prevista para 11 de fevereiro de 2025, tem como objetivo fortalecer parcerias entre o governo federal e os municípios. No entanto, aliados do presidente expressam preocupação, considerando o evento um 'tiro no pé'.
O principal motivo para essa preocupação é o bloqueio de bilhões de reais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), além da pendência na votação do orçamento de 2025.
Prefeitos eleitos enfrentam sérios desafios financeiros, com obras e projetos paralisados devido à decisão do STF. A falta de recursos compromete a capacidade de honrar despesas e anunciar novas medidas, deixando-os em situação delicada.
"O evento é uma mera visita a Brasília, com custos cobertos pelos contribuintes municipais."
Dirigentes do Centrão.
A tensão entre o Congresso e o STF se intensifica. O presidente da Câmara, Hugo Motta, prevê a votação do orçamento apenas para março, um atraso que muitos consideram uma retaliação ao STF pelo bloqueio de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares.
Parlamentares esperam um acordo entre o STF e o Planalto, possivelmente mediado por Flávio Dino, ex-ministro de Lula, que justificou o bloqueio alegando falta de transparência. Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, planejam reuniões com Dino para buscar a liberação dos recursos.
As declarações de Motta a favor da anistia aos presos do 8 de janeiro são vistas como uma pressão ao STF, que se opõe ao projeto. Lula estará presente na abertura do evento com os prefeitos. O convite destaca os 5.568 municípios que elegeram novos gestores em 2024.
Em meio à crise, especulações sobre uma reforma ministerial crescem. Líderes do Centrão questionam a amplitude das mudanças planejadas por Lula, com ajustes pontuais sendo a opção mais provável. Uma reforma ampla poderia piorar o clima com a base aliada.
Isnaldo Bulhões é cotado para o cargo de Relações Institucionais, mas sua nomeação depende de acomodações políticas com Arthur Lira. A atual cota de Alagoas no governo é ocupada por Renan Filho, filho de Renan Calheiros, adversário de Lira.
*Reportagem produzida com auxílio de IA