A energia elétrica que chega às casas brasileiras, mesmo às mais simples, percorre um longo caminho antes de acionar uma lâmpada. Uma jornada que começa nas geradoras de energia e termina em nossas tomadas, envolvendo uma complexa rede de transmissão.
Essa rede, segundo dados do governo federal, possui 170 mil quilômetros de cabos metálicos. Para se ter uma ideia da magnitude, essa distância equivale a quase 14 voltas ao redor da Terra na linha do Equador.
É uma infraestrutura colossal, comparável às artérias do corpo humano, transportando a energia elétrica como se fosse o sangue que leva nutrientes por todo o organismo. Mas é importante destacar que esses cabos de longa distância não são os mesmos fios que vemos nos postes das cidades.
As linhas de transmissão que cruzam o país, muitas vezes em áreas rurais, são distintas das estruturas de distribuição urbanas. As subestações, grandes construções, recebem a energia das fontes geradoras e a distribuem em voltagens mais altas.
Enquanto um televisor opera com no máximo 220 volts, as linhas de transmissão operam em voltagens bem mais elevadas. As mais simples trabalham com 132 mil volts, 600 vezes a tensão de um televisor. As mais potentes chegam a 800 mil volts, ou 3.600 vezes a tensão de um aparelho de TV.
Na verdade, a rede elétrica nacional opera com dez voltagens diferentes. As mais comuns são as de 230 mil volts, somando 64 mil km de extensão, enquanto as de 765 volts são menos frequentes, com apenas 1,7 mil km.
A complexidade da rede elétrica brasileira demonstra a enorme tarefa de levar energia a todos os cantos do país. Uma tarefa que envolve grandes investimentos e constante manutenção para garantir o fornecimento de energia para toda a população.
*Reportagem produzida com auxílio de IA