O Egito propôs um plano de reconstrução para Gaza, visando criar uma rede de apoio à estabilidade na região, com potencial apoio da Casa Branca, Arábia Saudita e outros aliados.
O plano detalhado, com 112 páginas, inclui mapas e imagens geradas por inteligência artificial (IA) de novos empreendimentos residenciais, áreas de lazer, um porto comercial, um centro de tecnologia, hotéis e até um aeroporto. A iniciativa surge em meio a um impasse nas negociações para uma segunda etapa do cessar-fogo entre Israel e Hamas, com Israel exigindo a exclusão total do Hamas de um futuro governo.
Questões cruciais, como a administração de Gaza e o financiamento da reconstrução, ainda precisam ser resolvidas. O Egito propôs a criação de um comitê administrativo de tecnocratas palestinos independentes para governar Gaza temporariamente, preparando o retorno da Autoridade Palestina (AP), que atualmente governa a Cisjordânia.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, manifestou apoio à ideia egípcia e se mostrou disposto a realizar eleições presidenciais e parlamentares, caso as condições permitam. No entanto, o futuro do Hamas permanece um ponto crítico, com a necessidade de o grupo perder poder político.
O apoio financeiro de países árabes ricos em petróleo, como os Emirados Árabes Unidos (EAU) e a Arábia Saudita, é fundamental para a reconstrução. Os EAU, que consideram o Hamas uma ameaça, defendem o desarmamento imediato do grupo.
Uma fonte próxima à Corte Real saudita informou que a presença armada do Hamas em Gaza é um obstáculo devido à oposição dos EUA e de Israel, sem cujo apoio o plano não pode ser aprovado. A firmeza de Netanyahu é primordial nesse processo.
Durante a cúpula, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan, ressaltou a necessidade de garantias internacionais para manter o cessar-fogo temporário e apoiou o papel da AP na governança de Gaza.
"Afirmo o meu compromisso de continuar a trabalhar e cooperar com Sua Excelência para melhorar as relações estratégicas entre os nossos dois países e para alcançar os nossos interesses comuns, que servem os interesses de ambos os povos e fortalecem a segurança e a estabilidade na nossa região e no mundo." declarou Al-Sisi nas redes sociais.
Um oficial israelense afirmou que os objetivos de guerra de Israel são destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, deixando claro que a desmilitarização do grupo terrorista é uma condição não negociável.
"Portanto, se eles forem fazer o Hamas concordar em desmilitarizar-se, isso precisa ser imediato. Nada mais será aceitável." disse o oficial.
Os terroristas do Hamas declararam que apoiam o plano de reconstrução de Gaza elaborado no Egito. Resta saber se o grupo está disposto a ceder o poder para que a reconstrução ocorra.
*Reportagem produzida com auxílio de IA