A atleta de 31 anos foi vista chegando ao tribunal municipal de Khimki algemada pouco depois do meio-dia de Moscou (6h de Brasília) nesta sexta-feira (1º), vestindo uma camiseta com foto de Jimi Hendrix e tênis sem cadarço, que são proibidos nas prisões russas.
O promotor disse a Griner que ela estava sendo acusada de transportar drogas intencionalmente. Griner falou que entendia as acusações.
Três funcionários da embaixada dos EUA, incluindo a vice-chefe da missão Elizabeth Rood, estavam presentes no tribunal.
Griner disse a um repórter da Reuters que estava achando a detenção difícil porque não fala russo e não conseguia manter-se totalmente em forma física, apenas exercícios gerais, como alongamento.
Seus advogados disseram à Reuters que ainda não dirão se ela vai se declarar culpada ou não.
Questionado sobre o caso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou que haja motivação política.
"Só posso operar com fatos conhecidos, e os fatos indicam que a eminente atleta foi detida com drogas ilegais. Há artigos na legislação russa que preveem punição para tais crimes", disse ele a repórteres. "Só o tribunal pode dar um veredicto."
Autoridades dos EUA e vários atletas pediram a libertação de Griner - ou "BG", como ela é conhecida pelos torcedores de basquete. Eles dizem que ela foi detida injustamente e deve ser imediatamente devolvida à sua família nos Estados Unidos.
A detenção de Griner também gerou preocupações de que Moscou poderia usar a duas vezes medalhista de ouro olímpico para negociar a libertação de um russo de posição destacada sob custódia dos EUA.
O Kremlin disse que Griner violou as leis russas e negou que ela estivesse sendo mantida refém em meio ao impasse da Rússia com os Estados Unidos.
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Fonte: Agência Brasil