Os últimos acertos da abrangência da pasta serão fechados por Lula nos próximos dias, mas aliados da senadora apontam que ela conseguiu manter sob seu comando o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) -que por acerto anterior ficaria na Casa Civil.
Segundo políticos próximos da negociação, o futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou ao MDB que o PPI vai ser subordinado ao Planejamento
Terceira colocada nas eleições, a emedebista apoiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno e participou ativamente da campanha eleitoral. Seu apoio foi considerado fundamental para a vitória do petista
Desde a eleição, a senadora chegou a ser cogitada para outras três pastas além do Planejamento. Tebet queria inicialmente a Educação, que acabou ficando com o senador eleito Camilo Santana (PT-CE). Depois pretendia ficar com o Desenvolvimento Social, para controlar o programa Bolsa Família. Lula, no entanto, anunciou o também senador eleito Wellington Dias (PT-PI).
Lula na sequência teria oferecido o Meio Ambiente, que Tebet recusou em favor da deputada eleita e referência na área, Marina Silva.
Tebet queria manter sob controle do Planejamento os bancos públicos, para poder implantar algumas vitrines de gestão e não apenas gerenciar recursos para o restante do governo, mas a ideia foi rechaçada.
Mesmo a questão do PPI deve virar uma dor de cabeça para Lula. O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, não quer abrir mão da administração do programa. Além disso, a ex-ministra Miriam Belchior foi indicada para a secretaria-executiva da Casa Civil justamente para atuar no PPI.
Na noite de segunda-feira (26), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não ver dificuldades em uma eventual indicação de Tebet para o Planejamento. Nos bastidores, como a Folha mostrou, a indicação da emedebista não foi bem aceita pelo ex-prefeito de São Paulo sob o argumento de que ele e Tebet têm visões diferentes sobre a condução da área econômica.
Haddad chegou a conversar com integrantes do MDB e fazer um apelo para que o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) assuma a pasta.
Fonte: Da Redação com Estado de São Paulo