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Cultura

Abril para leitura Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa

Foto: Ascom
Foto: Ascom

O Abril pra Leitura é uma das atividades especiais promovidas pelo Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa, que ocorre no mês de abril. O evento consiste em palestras, debates, sarais, recitais, performances e shows.

Neste ano de 2022, a temática abordada será voltada para a Literatura de Mulheres Negras e Mulheres Latinas Americanas, como: Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Mirian Alves, Petrolina Pordeus, bell hooks, Maria Bonita, Bell Puã etc. Mas também haverá debates sobre Racismo, Educação Antirracista, Feminismo no Sertão e sobre a situação de Mulheres Encarceradas na Paraíba. O evento se encerrará com o recital da artista pernambucana Bell Puã e do show da artista paraibana Luana Flores.

O Especial Abril para Leitura ocorrerá entre os dias 19-29 de abril de 2022. Alguns eventos serão realizados diretamente em escolas da cidade de Sousa-PB e outros serão realizados no Teatro do CCBNB de Sousa e na Praça dos Skates, também em Sousa.

O Abril para Leitura também se fará presente no evento "Mulherio das Letras" que ocorrerá nos dias 20-22 de abril, na cidade de Cajazeiras-PB. Em parceria com o CCBNB, no dia 20, a escritora paraibana Maria Valéria estará presente para fazer a fala inicial desse evento que reuni os escritos de mulheres sertanejas, "partindo do princípio de que o matriarcado é que mantém o sertão vivo".

Programação Abril para Leitura CCBNB Sousa

Atividades que ocorrerão de forma presencial no Teatro do CCBNB (tarde e noite) nos dias 26-29 de Abril de 2022:

Quem tem medo da palavra?


Francy Silva

O título "Quem tem medo da palavra?" sugerido pela convidada Francy Silva destina-se as narrativas de três grandes escritoras da literatura brasileira: Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo e Miriam Alves. Nessa conversa, serão apresentadas as principais obras e temáticas que atravessam os escritos dessas três escritoras. Escritos esses que refletem sobre a realidade daquelas e daqueles que vivem à margem da sociedade brasileira. Francy Silva é Professora Adjunta do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutora em Letras - Literaturas de Língua Portuguesa- pela PUC Minas. Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Atuou como pesquisadora visitante na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É pesquisadora associada ao Latin American Studies Association (LASA), à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e à Associação Internacional de Estudos Culturais e Literários Africanos (AFROLIC).

Dia 26, terça, as 14h, no Teatro do CCBNB de Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Performance poética: Gritar o silêncio, entoar o grito

Francy Silva

Release: A performance "Gritar o silêncio, entoar o grito" realiza um passeio pela produção literária de autoria negra feminina brasileira, através dos versos-reversos de Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Miriam Alves, Elisa Lucinda, Cristiane Sobral, Jenyffer Nascimento, Luz Ribeiro e Aline Cardoso. Durante a apresentação, o público terá acesso a detalhes da vida e obra de cada autora, ao mesmo tempo em que a atriz em cena interpretará alguns poemas que reverberam os versos-protestos de vozes-mulheres-negras num gesto corajoso de estilhaçar máscaras de ruidosos silêncios, questionar verdades impostas, emancipar corpos e mentes das garras coloniais e "acordar os senhores da Casa-grande" de seus sonhos injustos".

Dia 26, terça, as 19h, no Teatro do CCBNB de Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Sobre Amor e Educação em bell hooks


Andréa Furtado

Nesse momento, a pedagoga Andréa Furtado apresentará ao púbico uma das maiores percursoras da literatura feminina mundial, a escritora bell hooks, momento em que será apresentado alguns das suas reflexões sobre educação, amor, feminismo negro ou fazendo crítica cultural. A intelectual afro americana bell hooks é sem dúvida um ponto fora da curva. Sua pedagogia engajada inspirada no brasileiro Paulo Freire nos instiga a repensar nosso modelo de educação e ao mesmo tempo nos traz esperança de um mundo onde sejamos todos capazes de acolher a diversidade e o multiculturalismo de maneira empática e comprometida, para isso, hooks usa como ferramenta central sua linguagem, na pretensão de promover diálogos sobre questões fundamentais do nosso tempo em espaços cada vez mais amplos. Andréa Furtado é Licenciada em Pedagogia, Bacharela em Filosofia e Mestra em Filosofia. Também é membra da Frente de Mulheres do Cariri cearense e do NECAGE (Núcleo de estudos comparados em ancestralidade, gênero e gerações).

Dia 28, quinta, as 14h, no Teatro do CCBNB de Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Feminismo no Sertão


Suamy Soares

Esse momento será uma troca de saberes sobre nossas memórias, vivências e ancestralidades de mulheres sertanejas. Na ocasião, a Professora Suamy Soares partirá de suas reflexões e vivências que se materializaram em sua tese de Doutorado, denominada: "Feminismo no Sertão: as particularidades da Frente de Mulheres no Cariri cearense", pesquisa esta que expõe a experiência particular de mulheres que estão longe dos grandes centros urbanos e convivem com relações sociais de gênero, raça/etnia e classe, atravessadas pela regionalidade interna ao país e que impõe às mulheres, de forma individual e coletiva, a constante fabricação de resistências, enfrentamentos e estratégias de sobrevivência. "É sobretudo um espaço para pensar a partir das margens, da periferia do mundo, do Nordeste, do sertão, de nós mesmas". Suamy Soares é potiguar da cidade de Mossoró-RN; Professora do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); Graduada em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2006); Mestra e Doutora em Serviço Social no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco; Ativista feminista e coordenadora do Núcleo de Estudos sobre a Mulher - Simone de Beauvoir.

Dia 28, quinta, as 18h30, no Teatro do CCBNB de Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Sarau Feminino Sertão


Alhandra Campos, Hortência Fernandes, Veruza Guedes e Vitória Sanz

O Sarau Feminino Sertão é um coletivo de mulheres que tem a poesia como referência para existir. Seu conteúdo se caracteriza pela apresentação literária, musical e teatral através da oralidade, da musicalidade e expressão corporal e a prática de trocas afetivas através da poesia. Além disso, adicionamos a Dança como elemento de expressão visual e que comunga com o objetivo do sarau. O sarau é formado por Alhandra Campos natural de São José de Piranhas-PB, e pelas cajazeirenses Hortência Fernandes, Veruza Guedes e Vitória Sanz.

Dia 28, quinta, as 20h10, no Teatro do CCBNB de Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Da poesia ao RApente, de Isabella Puente de Andrade


Bell Puã

Nessa conversa a escritora recifense Bell Puã trará versos que reúnem afetos e desejos do coração. A aprendizagem não abusiva com os relacionamentos amorosos suleia os suspiros da autora, que dessa vez preferiu flutuar ao invés de carregar os pesos cotidianos. Bem como, as vozes-mulheres que fazem vibrar as estruturas do patriarcado, racismo e demais injustiças que formam as bases da sociedade brasileira, ora com a fúria acumulada, ora com a leveza necessária para cultivar uma existência de afeto, apesar das feridas abertas. Bell Puã é Isabella Puente de Andrade, historiadora e poeta, nascida entre o mangue e o sol do Recife. Vencedora do Campeonato Nacional de Poesia Falada - SLAM BR 2017, representante do Brasil na Poetry Slam World Cup 2018, em Paris, e convidada da FLIP 2018. É autora dos livros "É que dei o perdido na razão" (Castanha Mecânica, 2018) e "Lutar é crime" (Letramento, 2019). Os coletivos que acolhem suas escrevivências são o SLAM das Minas PE e, como militante, o Coletivo Afronte.

Dia 29, sexta, as 14h, no Teatro do CCBNB Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Recital: Bell Puã

Bell Puã é Isabella Puente de Andrade, historiadora e poeta, nascida entre o mangue e o sol do Recife. Vencedora do Campeonato Nacional de Poesia Falada - SLAM BR 2017, representante do Brasil na Poetry Slam World Cup 2018, em Paris, e convidada da FLIP 2018. É autora dos livros "É que dei o perdido na razão" (Castanha Mecânica, 2018) e "Lutar é crime" (Letramento, 2019). Os coletivos que acolhem suas escrevivências são o SLAM das Minas PE e, como militante, o Coletivo Afronte. O recital traz influências da cultura do rap e do repente e diversas referencias da literatura. A mescla entre a cultura do SLAM e a do Nordeste culminam numa forma potente de disseminar a poesia falada.

Dia 29, sexta, as 19h, na Praça do Skate , Sousa-PB.

Classificação indicativa: livre. Duração: 30min.

Show: Luana Flores

Luana Flores

Luana Flores é beatmaker, dj, percussionista, cantora e compositora e vem se destacando na cena musical por desenvolver um trabalho apresentando temáticas como gênero, sexualidade e território. A paraibana é uma das fundadoras do grupo Coco das Manas (coco feminista paraibano), que nasceu em 2016, e que serviu de pontapé em sua pesquisa sobre a fusão entre o eletrônico e os ritmos da cultura popular nordestina. Em 2019, foi a única nordestina na lista das 20 mulheres beatmakers do país, pelo site bocadaforte, e participou da residência artística da RedBull Music Pulso, em São Paulo, no time de Jéssica Caitano. Em 2020, Luana foi considerada a "batida renovada" pela revista SESC SP (edição 2020), figurou na lista de mulheres beatmakers da revista Rolling Stone e foi vencedora do PITCH da SIM São Paulo + Fluve e finalista do III Festival de Música da Paraíba. Em 2021 foi a vencedora do prêmio SIM SP na categoria Novo Talento e acaba de lançar seu primeiro disco "Nordeste Futurista", nome dado também ao conceito da sua estética sonora e visual misturando eletrônico com ritmos da cultura popular nordestina.

Dia 29, sexta, as 20h, na Praça do Skate , Sousa-PB.

Classificação indicativa: livre. Duração: 1h

Processos criativos até a (auto)publicação

Débora Gil Pantaleão

A proposta da palestra é a de, a partir de uma fala sobre os livros da autora, Vol. I Poesia e Vol. II Prosa, passear pelos temas que envolvem os processos criativos para escrita dos livros já publicados anteriormente pela autora e presente nas antologias, comentando também sobre os diversos modos possíveis para publicar um livro, desde o clássico envio para uma editora até a autopublicação. Débora Gil Pantaleão (1989, João Pessoa/PB) é escritora, psicanalista, professora e editora. Possui oito livros publicados, sendo quatro de poesia, Se eu tivesse alma (2015), Vão remédio para tanta mágoa (2017), sozinha no cais deserto (2018) e objeto ar (2018); duas novelas, Causa morte (2017) e repito coisas que não lembro (2019); um livro de contos, Nem uma vez uma voz humana (2017); e um romance chamado Uma das coisas (2020). Já participou de diversas antologias. É editora na Escaleras (@editoraescaleras), atuando também na área de Escrita Criativa. Além disso, é graduada, mestre e doutora em Letras, com foco em estudos literários.

Dia 6 de maio, sexta, as 19h, no Teatro do CCBNB de Sousa.

Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 1h30.

Rafael Formiga

Produtor Cultural

Fonte: Da Redação

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