O Ministério PĂșblico da ParaĂba (MPPB) arquivou a NotĂcia de Fato que investigava a acusação feita pela DrÂȘ Paula de que alguns deputados da Assembleia Legislativa da ParaĂba recebiam propina, apontando para denĂșncias feitas no âmbito da Operação CalvĂĄrio, que investiga desvios de recursos pĂșblicos do Governo do Estado na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho. A acusação foi feita durante sessão da ALPB no dia 8 de fevereiro durante discussão dos projetos de lei sobre salĂĄrios e carreira dos militares estaduais. O discurso da parlamentar gerou repercussão, a qual chegou ao Ministério PĂșblico, a quem a deputada não levou as provas e ainda deixou o servidor notificante 'no vĂĄcuo' no WhatsApp durante o envio da notificação.
A NotĂcia de Fato foi registrada no dia 10 de fevereiro deste ano, tendo como requerente a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa (CCRIMP) do Ministério PĂșblico da ParaĂba (MPPB), sendo noticiante a deputada DrÂȘ Paula Francinete Lacerda Cavalcanti e interessados a Assembleia Legislativa da ParaĂba e a parlamentar.
De acordo com o relato do coordenador da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa (CCRIMP), o promotor de Justiça Eduardo de Freitas Torres, "chegou ao conhecimento do Ministério PĂșblico, após ampla repercussão dos fatos na imprensa local, discurso da Deputada Estadual PAULA FRANCINETE LACERDA CAVALCANTI DE ALMEIDA, durante sessão da Assembleia Legislativa ocorrida na Ășltima terça-feira (08.02.2022). Na oportunidade, a parlamentar estadual, ao defender reajuste do salĂĄrio de policiais, fez grave acusação a seus pares, ao dizer que, além da remuneração oficial, os parlamentares usufruem de outros salĂĄrios e de propinas."
"Um policial deveria ganhar melhor do que um deputado. Porque deputado tem o salĂĄrio dele e muitos tĂȘm outros salĂĄrios, e muitos ainda recebem propina. Isso é que é vergonhoso. Então vamos ter responsabilidade no que a gente faz, no que a gente se posiciona. Policial merece um salĂĄrio digno e um salĂĄrio melhor do que um deputado", declarou a DrÂȘ Paula, na sessão da Assembleia Legislativa da ParaĂba, no dia 8 de fevereiro.
Diante disso, o coordenador do CCRIMP do MPPB sugeriu a instauração de NotĂcia de Fato para que a DrÂȘ Paula pudesse apresentar as provas. Ela foi notificada a, no prazo de 10 dias, esclarecer pessoalmente ou por escrito o contexto de sua fala na tribuna da ALPB.
Deputada visualizou e não respondeu
A presidente da CCRIMP, 1ÂȘ Subprocuradora-Geral de Justiça, Vasti Cléa Marinho da Costa Lopes, acolheu a sugestão do coordenador da Comissão e determinou a instauração da NotĂcia de Fato, notificando, então a DrÂȘ Paula. Segundo a Comissão, a deputada não respondeu à notificação até o fim do prazo.
Arquivamento
Sem mais detalhes das acusações, sem respostas da DrÂȘ Paula, o parecer foi pelo arquivamento do procedimento. "Fixadas tais premissas, ausente informação mĂnima para inĂcio de apuração, não vejo justa causa para instauração de procedimento de investigação criminal no âmbito desta Comissão, razão pela qual mantenho a decisão de ARQUIVAMENTO da presente notĂcia de fato, ratificando-a em todos os seus termos", declarou a presidente da CCRIMP, 1ÂȘ Subprocuradora-Geral de Justiça, Vasti Cléa Marinho da Costa Lopes.
Da redação com clikpb