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Lira diz que PP é governo e cobra mais poder no Orçamento

Foto: Ascom
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O PP faz parte da base de apoio ao governo. A afirmação é do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas vai na contramão do que tem dito o presidente da legenda, Ciro Nogueira. "Quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara [como André Fufuca, do PP, que assumiu o Esporte], a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos", diz em entrevista à Folha. Lira reconhece que isso não significa que os 49 deputados do PP votarão com o governo. "Não [é possível], porque nenhum partido dá todos os votos. Mas eu acredito em uma base tranquila." E as concessões para garantir essa base ainda não terminaram: a Caixa Econômica Federal faz parte das negociações e Lira admite que vai avaliar todas as indicações políticas para suas 12 vice-presidências. Com a chegada de PP e Republicanos na Esplanada dos Ministérios, ele calcula que a base de apoio fique em entre 340 e 350 votos, permitindo a aprovação de propostas de emenda à Constituição (PEC). E apresenta mais uma exigência: em 2024, seu último ano à frente da Câmara, o modelo de distribuição de emendas parlamentares terá de mudar para devolver ao Congresso maior poder na gestão desses recursos. "Sempre defendi emenda parlamentar e continuarei defendendo, porque ninguém conhece mais o Brasil do que o parlamentar." (Folha)

Lira diz que já passou o mal-estar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou recentemente que a Câmara está com muito poder. Em meio às rusgas, Haddad tem conversado com senadores de diferentes partidos aliados e com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) em busca de apoio para a pauta econômica. Para honrar a meta de déficit zero em 2024, a equipe econômica precisa de R$ 168 bilhões em receitas — e da aprovação de uma série de medidas para proporcionar esse montante. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também está à disposição dos senadores para tratar das pautas econômicas. (Congresso em Foco)

Fonte: Da Redação

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