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Bolsonaro defende anistia para presos do 8 de janeiro durante ato na Avenida Paulista

Bolsonaro também negou ter tentado dar um golpe de estado. Ex-presidente, ex-ministros e assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro participou de ato neste domingo (Foto: reprodução/YouTube)
Bolsonaro participou de ato neste domingo (Foto: reprodução/YouTube)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro em discurso durante um ato neste domingo (25) na Avenida Paulista. O ato foi convocado por Bolsonaro e ocupou cerca de 6 quarteirões da via.

"O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nos vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitadas que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nos pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também negou ter tentado dar um golpe de estado. O ex-presidente, ex-ministros e assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa tentativa de golpe.

Os apoiadores começaram a chegar pela manhã e os discursos tiveram início por volta das 14h30. Bolsonaro chegou por volta das 15h, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, a ex-primeira-dama, Michelle, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia e parlamentares apoiadores do ex-presidente.

Em geral, os discursos fizeram a defesa de Bolsonaro e do governo do ex-presidente.

Valdemar falou antes da chegada de Bolsonaro – os dois estão proibidos de se encontrar por serem ambos investigados pela tentativa de golpe. O presidente do PL disse que, graças aos eleitores de Bolsonaro, a legenda se tornou o "maior partido do Brasil".

A ex-primeira-dama fez um discurso de motivação religiosa.

"Desde 2017, nós estamos sofrendo, nós estamos sofrendo por exaltarmos o nome de Deus, porque o meu marido foi escolhido e por que ele declarou que era Deus acima de tudo", disse Michelle.

Tarcísio de Freitas agradece Bolsonaro e o chama de amigo

Ex-ministro de Bolsonaro e eleito governador de SP com o apoio dele, Tarcísio de Freitas agradeceu o ex-presidente, a quem chamou de amigo.

"Eu não vou chamar nem de presidente agora, vou chamar de Bolsonaro, meu amigo Bolsonaro. Você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento", afirmou.

Tarcísio também fez elogios ao governo de Bolsonaro e disse que o público "estava com saudade de vestir o verde e amarelo."

Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram duas condenações:

a primeira pelos ataques sem provas ao sistema eleitoral durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022;

A segunda, por abuso de poder político e econômico durante as celebrações dos 200 anos da independência.

Camisetas amarelas

Os apoiadores do ex-presidente chegaram ao local nas primeiras horas da manhã, com bandeiras do Brasil e camisetas amarelas.

Alguns portavam bandeiras de Israel. Na última semana, o governo de Benjamin Netanyahu foi criticado por Lula, que chamou de genocídio a morte de palestinos em Gaza e comparou as ações do Exército israelense ao extermínio de judeus por nazistas no Holocausto. Em resposta, Israel declarou Lula "persona non grata", o que significa que sua presença não é bem-vinda.

Alguns apoiadores levaram cartazes contrários ao comunismo e com lemas em defesa da pátria e da família.

Fonte: Da Redação com ClickPB

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