O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou um inquérito civil público para investigar denúncias de racismo religioso contra uma mulher adepta de religião de matriz africana. A vítima, uma mãe de santo do Candomblé, relatou que sofreu discriminação por parte de servidoras públicas, que teriam sugerido que ela abandonasse sua fé para não perder a guarda dos filhos.
A mãe de santo afirmou ao MPPB que, durante um atendimento, as servidoras públicas a aconselharam a abandonar suas práticas religiosas. Segundo a denúncia, as funcionárias teriam insinuado que a continuidade de sua fé poderia resultar na perda da guarda de seus filhos. Esta alegação levanta sérias preocupações sobre a violação dos direitos religiosos e o preconceito enraizado contra religiões de matriz africana.
O inquérito civil público foi instaurado para apurar os fatos e determinar a responsabilidade das servidoras envolvidas. O MPPB buscará esclarecer as circunstâncias e garantir que os direitos da vítima sejam respeitados. A investigação também pretende abordar a questão mais ampla do racismo religioso e sua manifestação nas instituições públicas.
O caso chamou a atenção para a necessidade de maior proteção e respeito às religiões de matriz africana, frequentemente alvo de preconceito e discriminação. Organizações de defesa dos direitos humanos e grupos religiosos manifestaram solidariedade à vítima e solicitaram medidas rigorosas para combater o racismo religioso.
Fonte: Da Redação do Blog