O Carnaval está chegando e, nesta coluna, embarcaremos em uma jornada rumo à década de 30, explorando a intensa disputa política carnavalesca entre as famílias Pires de Sá e os Gadelhas, ferrenhos adversários políticos que marcaram a história de Sousa.
Em 1933, Ulises Apolônio Barros ergueu um prédio para abrigar o Recanto, um espaço reservado para a família Pires de Sá, liderada pelo Coronel José Gomes. Do outro lado, os Gadelhas, comandados por Felinto da Costa Gadelha, contavam com seus correligionários, que frequentavam o humilde Ideal Clube, com seu piso de cimento e fachada pouco atraente, mas que ainda assim era preferido pelos visitantes.
A rivalidade política era tão intensa que nenhum membro das famílias Gadelha ou Pires de Sá podia frequentar o recinto do outro. Essa divisão chegava até mesmo às solenidades religiosas, a ponto de uma família não assistir à missa que a outra frequentava.
Mais tarde, os Gadelhas conseguiram uma casa grande na Rua da Matriz dos Remédios, transformando-a em seu próprio clube, batizado sugestivamente de Eden Clube. Com um salão comprido e um palco nos fundos, onde a famosa orquestra Bando do Céu se apresentava, o Eden Clube se tornou uma alternativa ao Ideal Clube, que contava com orquestras de outras cidades para animar seus bailes, além do renomado conjunto musical de Zé de Timóteo e Aldo Justino.
Reviver essas memórias é celebrar a história de Sousa. Viva a história, viva Sousa! Se você gostou, não se esqueça de curtir e compartilhar nossa coluna.
Confira o vídeo:
Referencias Bibliográfica: Antes que Ninguém Conte da escritora Julieta Pardeus Gadelha