Generais Braga Netto e Mário Fernandes, ambos detidos preventivamente, enfrentam restrições de visitas e negativas a pedidos de acesso a recursos básicos, como computadores, enquanto suas defesas buscam reverter as prisões.
As limitações nas visitas ocorreram após a divulgação de que o tenente-coronel Mauro Cid recebeu um número considerado "elevadÃssimo" de visitas, o que levou o ministro Moraes a considerar a situação como "falta de razoabilidade".
A defesa de Braga Netto alega não ter tido acesso integral aos autos do processo. André Marsiglia, advogado que atuou nos inquéritos das fake news, criticou a postura do STF, questionando o que estaria sendo ocultado.
"Acreditamos, com o devido respeito, que a prisão é desnecessária, pois, entre a busca e apreensão no inÃcio de 2024 e a decretação da prisão em novembro, não houve qualquer conduta perigosa ou descumprimento das medidas cautelares impostas ao meu cliente" disse o advogado Marcus VinÃcius Figueiredo, defensor de Braga Netto.
Mário Fernandes, após um perÃodo na sala de Estado Maior, foi transferido para o Comando Militar do Planalto, em BrasÃlia, buscando maior proximidade com a famÃlia, que o visita diariamente. Segundo relatos, ele tem se dedicado à religião e se sente injustiçado, mas permanece resiliente.
A defesa de Fernandes solicitou ao STF a permissão para levar um computador à sua cela especial, após ele ter sido notificado da denúncia da PGR por meio de um pendrive sem ter como acessar os arquivos. O pedido foi negado por Moraes.
Os pedidos de revogação da prisão preventiva, feitos pelas defesas de Braga Netto e Fernandes no final do ano passado, foram negados por Moraes, que justificou a necessidade da prisão para "manter a ordem pública" e garantir o andamento das investigações.
*Reportagem produzida com auxÃlio de IA