Ucrânia afirma que descobriu 26 corpos em escombros de dois prédios
Autoridades ucranianas reportaram nesta quinta-feira a descoberta de 26 corpos retirados dos escombros de dois prédios bombardeados em Borodyanka, a noroeste de Kiev.
"Apenas a população civil foi alvo dos ataques: aqui não há nenhuma base militar", publicou a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, no Facebook, acrescentando que "é impossível prever" quantos mortos houve no local.
Borodyanka, localidade que passou recentemente para as mãos ucranianas, "é a cidade mais destruída da região", acrescentou a procuradora.
Descobertas macabras se multiplicam há dias nas cidades dessa área, devastada por combates.
Putin desistiu de Kiev, diz chefe do Pentágono
Vladimir Putin desistiu de tomar Kiev para concentrar os esforços das forças russas nas áreas separatistas do Donbass, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em audiência no Congresso.
"Putin pensou que poderia tomar rapidamente o controle da Ucrânia, tomar rapidamente o controle da capital. Ele estava errado", disse Austin. "Acredito que Putin desistiu dos esforços para capturar a capital e agora está focado no sul e no leste do país."
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Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e sessão do Congresso americano em 7 de abril de 2022 (Foto: Sarah Silbiger/Reuters)
Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, disse nesta quinta-feira (7) que a situação na cidade de Borodyanka é ainda mais terrível do que em Bucha. As duas cidades ficam perto de Kiev.
A morte de civis em Bucha foi criticadas por países do Ocidente e foram motivo para novas sanções contra a Rússia.
O governo russo negou que tenha atacado civis, e disse que as imagens de corpos em Bucha são montagens para justificar mais sanções contra a Rússia e atrapalhar as negociações de paz.
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Mapa mostra a localização de Kiev, Bucha e Borodyanka (Foto: g1)
Rússia afirma que teve "perdas significativas" na Ucrânia
Embora não haja um levantamento exato de quantos soldados a Rússia já perdeu na guerra na Ucrânia, o próprio Kremlin afirmou nesta quinta-feira (7) que as forças de seu país já sofreram "perdas significativas".
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a morte de soldados em território ucraniano "é uma tragédia para nós".
"Nós tivemos perdas significativas de tropas, e isso é uma grande tragédia para nós", declarou.
Apesar das perdas, a Rússia reagrupou as tropas e foca os ataques agora no leste da Ucrânia, segundo Kiev e a Otan.
93 países votaram pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Para a suspensão ocorrer eram necessários dois terços dos votos válidos, excluindo as abstenções. No caso, seriam necessários no mínimo 78 votos.
O Brasil se absteve da votação, assim como outros 57 países. Os que votaram contra somaram 24 votos, entre eles a Rússia e países parceiros, como Belarus. Veja abaixo o quadro completo da votação.
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ONU aprova a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos (Foto: ONU/Reprodução)
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Embaixador do Brasil para a ONU, Ronaldo Costa Filho, discursa durante reunião da organização (Foto: ONU/Reprodução)
O embaixador do Brasil para a ONU, Ronaldo Costa Filho, discursou durante uma reunião da ONU e confirmou que o Brasil irá se abster durante a votação para a suspensão da Federação Russa do Conselho de Direitos Humanos da organização.
O representante brasileiro admitiu que várias imagens que são veiculadas de cidades na Ucrânia confirmariam crimes de direitos humanos, mas que não há confirmação da veracidade delas.
Segundo Costa Filho, uma investigação independente foi formada pela ONU para avaliar a situação na Ucrânia. Ele confirmou que enquanto não houver um posicionamento desse grupo de investigação, qualquer decisão será prematura.
Para a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, serão necessários dois terços dos votos válidos a favor do movimento. A votação ocorrerá ainda hoje.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, alertou na reunião em Bruxelas, nesta quinta-feira, que a escala de qualquer ataque russo iminente a Donbass lembrará os aliados da Otan sobre a 2ª Guerra Mundial.
"Ou você nos ajuda agora, e estou falando de dias, não semanas, ou sua ajuda chegará tarde demais e muitas pessoas morrerão", disse Kuleba.
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Ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba (Foto: Johanna Geron/Reuters)
Dmytro Kuleba também disse à mídia que a discussão na Otan não era sobre a lista de armas que a Ucrânia receberá, mas sim sobre o cronograma para quando elas serão entregues. O ministro das Relações Exteriores ucraniano disse que não tem dúvidas de que a Ucrânia terá as armas necessárias para lutar.
Segundo a Reuters, ele reiterou que as sanções infligem danos à Rússia, mas são insuficientes para parar a guerra.
Fonte: Da Redação com G1
