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Inglaterra

Boris Johnson se recusa a deixar posto de premiê, apesar de pedidos de aliados; entenda como crise começou

Mais de 40 ministros ou assessores deixaram o governo. Crise política começou porque Johnson soube que um parlamentar tinha sido acusado de assédio, mas mesmo assim o nomeou para um cargo de chefia no Parlamento.

Foto: Ascom
Foto: Ascom

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson se negou a renunciar ao cargo apesar dos pedidos de vários de seus principais ministros nesta quarta-feira (6).

Autoridades do Executivo se reuniram com ele após uma onda de renúncias em seu governo, mas o premiê se declarou determinado a continuar no seu posto e, segundo a imprensa britânica, disse aos interlocutores que vai se concentrar nos assuntos de grande importância que o país enfrenta.

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Premiê britânico, Boris Johnson, durante posicionamento diante do parlamento — Foto: REUTERS TV

Premiê britânico, Boris Johnson, durante posicionamento diante do parlamento — Foto: REUTERS TV

Um dos principais aliados do primeiro-ministro, Michael Gove, disse ao líder do Reino Unido que era o momento de Johnson deixar o governo. Horas depois, a BBC noticiou que Gove foi demitido do cargo de Secretário de Estado para Renda e Moradia.

Na prática, Johnson enfrenta uma rebelião no Partido Conservador, o seu partido. Mais de 40 integrantes do governo e muitos parlamentares deixaram o governo ou abdicaram de cargos ligados à governabilidade no Parlamento.

O número de ministros ou assessores que deixaram seus cargos chegou a 41 nesta quarta.

Johnson é motivo de piada de aliados

O premiê diz que tem um mandato, conquistado nas eleições de 2019, para terminar. Segundo a mídia inglesa, ele afirmou que a última coisa que o país precisa no momento é de uma eleição.

Ainda de acordo com relatos da imprensa britânica, alguns membros do Partido Conservador se seguraram para não rir e outros tiraram sarro do primeiro-ministro depois de ouvi-lo.

Premiê britânico, Boris Johnson, diante de seu escritória na Downing Street, em Londres — Foto: Phil Noble/REUTERS

Premiê britânico, Boris Johnson, diante de seu escritória na Downing Street, em Londres — Foto: Phil Noble/REUTERS

Políticos importantes o questionaram sobre seu comportamento no passado, suas motivações e alguns dos escândalos que acabaram definindo grande parte de sua passagem pelo governo.

Johnson pode ter algum alívio no comitê que estabelece as regras para as votações de desconfiança na liderança do partido. O órgão decidiu promover uma eleição interna para definir um novo chefe antes de alterar as regras para iniciar um novo voto de desconfiança sobre Johnson.

Um porta-voz disse que Johnson está seguro de que pode vencer a moção de desconfiança.

Ao chegar no Parlamento, ele respondeu perguntas sobre se renunciaria com as palavras: "Não, não, não". "O dever de um primeiro-ministro em circunstâncias difíceis, quando você recebeu atribuições colossais, é continuar indo adiante, e é isso que vou fazer", afirmou o líder no Legislativo.

Primeiras substituições

Johnson tentou reafirmar sua autoridade ao nomear rapidamente Nadhim Zahawi para o cargo de ministro de Finanças.

Zahaqi é uma estrela ascendente no Partido Conservador. Credita-se a ele o sucesso do programa de vacinação contra a Covid-19.

Como a crise começou

A crise mais recente no governo britânico começou na terça-feira (5), quando dois ministros importantes, Rishi Sunak e Sajid Javid, deixaram seus cargos.

Eles renunciaram por terem ficado insatisfeitos com a forma como Johnson gerenciou um escândalo envolvendo um deputado do Partido Conservador, Chris Pincher, que é acusado de ter apalpado dois homens em um clube privado em Londres.Johnson sabia que Pincher tinha sido acusado de assédio, mas mesmo assim o nomeou para um cargo importante no Parlamento —o de vice-líder do governo.

Essa não é a primeira crise que Johnson enfrenta em seu próprio partido; há meses, ele precisou pedir desculpas por ter feito festas na residência do primeiro-ministro durante o período de isolamento por causa da Covid-19.

Acrise mais recente começou na terça-feira (5), quando dois ministros importantes, Rishi Sunak e Sajid Javid, deixaram seus cargos.

Fonte: Redação do blog com g1

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