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Turismo

A volta da muvuca: eventos, parques e destinos turísticos lotam com vacinação e relaxamento de medidas sanitárias

Depois de dois anos em casa, as pessoas estão, de fato, viajando mais e o movimento já é semelhante ao de 2019, diz presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio de SP.

Bienal do Livro de SP voltou a ser realizada depois de 4 anos, atraindo multidão — Foto: Divulgação / Bienal do Livro
Bienal do Livro de SP voltou a ser realizada depois de 4 anos, atraindo multidão — Foto: Divulgação / Bienal do Livro

Depois de dois anos em casa, muita gente estava ansiosa para voltar a passear e a viajar nas férias e folgas. Esse sentimento, somado à retomada dos eventos, não poderia ter um resultado diferente: o aumento dos relatos de espaços, parques e pontos turísticos lotados.

A muvuca já foi sentida, por exemplo, pelos que visitaram a Bienal do Livro de São Paulo no primeiro fim de semana do evento, que voltou a ser presencial depois de 4 anos.

Da montanha à praia, alguns dos destinos clássicos das férias de julho, como Gramado (RS) e o Beach Park, no Ceará, também têm expectativa de "casa" cheia (veja, ao fim da reportagem, as atrações programadas para julho).

O calendário de eventos públicos foi efetivamente retomado e os eventos de empresas já se mostravam muito aquecidos desde fevereiro, explica a presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio de SP e pesquisadora de turismo na Universidade de São Paulo (USP), Mariana Aldrigui.

"Havia muita expectativa para os reencontros e, quando se trata especialmente de eventos grandes, abertos ao público, todos os que foram realizados até agora tiveram números muito positivos, superando as expectativas dos organizadores", relata.

Mariana diz que não se trata apenas de uma sensação de lotação. As pessoas estão, de fato, viajando mais e o movimento já se iguala ao de 2019, na visão da pesquisadora.

Ainda em maio, apesar da alta nos preços das passagens aéreas, a oferta por voos dentro do Brasil teve alta de 6% frente aos números do mesmo período de 2019, segundo a Agência Nacional de Aviação (Anac). Foi a primeira vez que um dos itens desse relatório de demanda e oferta da agência apresentou crescimento em relação ao período pré-pandemia.

Uma das razões do aquecimento é o avanço da vacinação, que "dá a muito mais gente uma sensação de segurança que antes não existia, o que aumenta a predisposição às atividades com aglomeração", diz Mariana.

A pesquisadora explica que a ocupação dos hotéis de lazer nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais está acima de 80% para o mês de julho e os voos para destinos de praia também estão com alta de ocupação.

Mas os eventos locais também estão mais movimentados. Isso porque, com a alta dos preços, viajar - considerando passagem, hotel e todos os demais gastos - não cabe mais no orçamento.

"Do ponto de vista da economia, o que veremos é uma maior concentração de gastos no início do mês, e média individual menor, pois há o efeito da inflação corroendo a renda familiar", aponta a presidente do Conselho de Turismo do Fecomércio de São Paulo.

Férias de julho

Pelo Brasil, diferentes segmentos do turismo entram com otimismo na alta estação de julho, mês de férias em grande parte do país e as primeiras desde o início da pandemia sem restrições sanitárias.

No Rio Grande do Sul, hotéis da serra gaúcha, como em Gramado e Canela, destinos muito procurados, projetam ocupação superior a 90% nas férias de inverno. O grande número de turistas do Nordeste e do Sudeste viajam à região para aproveitar o frio e a gastronomia.

Arquitetura de inspiração europeia em Gramado — Foto: Reprodução/RBS TV

Arquitetura de inspiração europeia em Gramado — Foto: Reprodução/RBS TV

Em Santa Catarina, as regiões da Serra e do Parque Beto Carrero World, em Penha, no Litoral Norte, costumam receber muitos turistas na temporada. O destaque catarinense na temporada é a região serrana, onde ficam os municípios com as menores temperaturas do estado e com maior chance de neve no período.

As baixas temperaturas também costumam atrair casais e famílias para Monte Verde, no sul de Minas Gerais. A cidade deve receber 200 mil pessoas durante as férias atrás da tranquilidade e gastronomia do lugar.

A cidade de Campos do Jordão, em São Paulo, é procurada por visitantes nessa época pelo mesmo motivo. A expectativa é a de que a maioria das atrações funcionem com capacidade de 100% de público.

Ainda no interior de São Paulo, a cidade de Olímpia, apelidada de "Orlando brasileira", em referência à cidade dos Estados Unidos que atrai muitos brasileiros para os seus parques, projeta visita de 350 mil turistas em julho.

Para quem está querendo fugir do frio, a Bahia está entre os destinos favoritos nesta época do ano. Com diversas opções de lazer, Salvador, além dos distritos de Trancoso, Caraíva e Arraial D'Ajuda, em Porto Seguro, e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no extremo sul do estado, estão entre os escolhidos.

No Ceará, o Beach Park, destino turístico famoso no estado, montou uma programação especial para este mês. O parque decidiu abrir uma hora mais cedo e incluiu atrações como shows de música. Além disso, a expectativa no estado é de uma ocupação nos hotéis equivalente à fase antes de 2020.

Em Pernambuco, o turismo, principalmente para o interior, deve movimentar a economia do estado, apesar das chuvas intensas registradas desde o final de maio. Com praias paradisíacas, Fernando de Noronha registra aumento no movimento com o início das férias escolares, neste mês de julho.

Famosa pelas águas termais, a cidade de Rio Quente, no sul de Goiás, já tem 90% das hospedagens ocupadas ou reservadas para julho. A vizinha Caldas Novas espera receber cerca de 500 mil visitantes no período.


Fonte: Redação do blog com g1

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