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Alexandre de Moraes

Concorrente do X, "BlueSky", também não possui representante legal no Brasil

Logotipo da rede social BlueSky | Imagem por REPRODUÇÃOBRASÍLIA, 2 de setembro — A rede social BlueSky, que tem atraído milhões de usuários no Brasil e é promovida por apoiadores, incluindo políticos governistas, da decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a rede social X em todo o território nacional, assim como o antigo Twitter, também não possui representante legal no Brasil.

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BRASÍLIA, 2 de setembro — A rede social BlueSky, que tem atraído milhões de usuários no Brasil e é promovida por apoiadores, incluindo políticos governistas, da decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a rede social X em todo o território nacional, assim como o antigo Twitter, também não possui representante legal no Brasil.

A falta de representante legal foi justamente a justificativa utilizada pelo ministro Moraes para suspender o serviço da rede social X no Brasil.

O X estava sem um representante no Brasil desde 17 de agosto, quando a rede social anunciou a saída oficial da empresa do Brasil devido a ameaças relacionadas ao descumprimento de ordens sigilosas de remoção de perfis, proferidas exclusivamente pelo ministro Alexandre de Moraes, sem o devido processo legal.

Postagem do presidente Lula no BlueSky

Com sede nos Estados Unidos, entre a última sexta-feira e sábado, o português superou o inglês como o idioma mais utilizado no BlueSky (73,7% contra 16,5%).

A BlueSky ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de nomear um representante legal no Brasil para atender à exigência imposta ao X como condição para o seu funcionamento.

Postagem do influenciador Felipe Neto no BlueSky
Postagem do influenciador Felipe Neto no BlueSky

Mais cedo, a suspensão do X foi analisada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que confirmou a decisão de Moraes por UNANIMIDADE com os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Os quatro ministros seguiram Moraes até mesmo na questão das multas de R$ 50 mil para usuários que acessarem a rede social X durante a suspensão.

Com exceção da provedora de internet Starlink, de propriedade do bilionário Elon Musk, que informou à ANATEL que não atenderia à decisão de bloquear a rede social X até que suas contas fossem desbloqueadas, espera-se que todas as mais de 20.000 provedoras de internet do país cumpram a decisão até a próxima quarta-feira (4).

As contas da Starlink foram bloqueadas pelo ministro no último dia 29/08, sob o argumento de que a Starlink faria parte do mesmo "grupo econômico de fato" do X.

Na decisão de Moraes, todos os dirigentes da Starlink foram intimados a responder juntamente com a companhia, a fim de cobrir os valores cobrados pelo Supremo, que estão sendo elevados diariamente e já ultrapassam R$ 18,3 milhões.

A decisão de ligar as duas empresas tem recebido duras críticas de diversas entidades e figuras políticas do Brasil. Ontem, até mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira, criticou a decisão do ministro Moraes de incluir a empresa Starlink na questão da rede social X. Segundo Arthur Lira, "a gente geralmente tem a máxima de que decisão judicial não se comenta, apenas se cumpre e contesta. Mas o que mais me preocupou ontem é que temos a obrigação de separar pessoa jurídica A de pessoa jurídica B".

Starlink fornece internet para mais de 250 mil clientes no Brasil, incluindo as Forças Armadas para questões técnicas de extrema importância (não existe concorrência).


(Matéria em atualização)

Fonte: O Apolo Brasil

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