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Entrevista com o Professor Chiquinho Cicupira: Uma Conversa sobre Memórias, Educação e Literatura

Entrevista com o Professor Chiquinho Cicupira

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Foto: Professor Chiquinho Cicupira

O professor e escritor Chiquinho Cicupira é uma personalidade marcante da cidade de Sousa, conhecido por sua paixão pelo futebol e por sua incursão no mundo das letras. Em uma conversa exclusiva para o Blog do Paulo Pereira, ele compartilhou detalhes sobre seu processo de escrita e as emoções vivenciadas durante a criação de seu mais novo livro.

Inicialmente, Chiquinho falou sobre sua obra "Memória de um Menino de Ponta de Rua", destacando que o ponto de partida foi sua infância e adolescência vivida no bairro das Areias, em Sousa. Ele descreveu o livro como um mergulho em suas raízes, relembrando e resgatando passagens de sua vida que o moldaram como pessoa.

Ao mencionar a importância de sua família e origem humilde, o professor destacou o papel fundamental dos pais na valorização da educação, mesmo diante das dificuldades. Ele ressaltou a influência positiva de instituições educacionais como o Grupo Escolar Professor Virgílio Pinto e o Ginásio Estadual de Sousa em sua formação.

Sobre as mudanças sociais e culturais ao longo das décadas, Chiquinho destacou a importância da educação e da religiosidade em sua vida, enfatizando a necessidade de buscar uma verdade que promova justiça e solidariedade.

Ao abordar a transição para a vida adulta e a chegada à universidade, o autor refletiu sobre como esses eventos moldaram sua visão de mundo e sua escrita. Ele ressaltou a importância de fazer escolhas conscientes diante das oportunidades e desafios que surgem ao longo da vida.

Quanto ao impacto da tecnologia e da globalização, Chiquinho expressou preocupação com a falta de integração social e a superficialidade das relações humanas no mundo contemporâneo. Ele destacou a importância de filtrar as informações e promover uma educação que incentive a leitura e a escrita como ferramentas essenciais para o desenvolvimento pessoal e social.

Por fim, ao revisitar suas seis décadas de vida, o professor destacou a importância da educação como caminho para o sucesso e incentivou os jovens a valorizarem suas experiências e compartilharem suas histórias. Ele expressou seu desejo de que sua obra inspire outros a enxergarem a importância da educação e da valorização das memórias para a construção de um futuro mais justo e solidário.

A entrevista com o Professor Chiquinho Cicupira oferece um olhar profundo sobre sua vida, sua obra e sua visão de mundo, destacando a importância da educação e da valorização das experiências pessoais para o crescimento individual e coletivo.

Confira a entrevista:

Blog (PP): Boa noite, Professor Chiquinho! É um prazer tê-lo aqui para esta entrevista. Para começar, como foi o seu processo de resgate das suas memórias de infância, juventude e fase adulta para compor o seu livro? Quais foram os principais desafios e emoções enfrentadas durante esse processo?

Professor Chiquinho (PC): Paulo Pereira. Primeiramente, gostaria de agradecer pela oportunidade de participar desta entrevista em um blog tão conceituado. Respondendo à sua pergunta, para justificar esta obra, sempre cito uma professora e psicóloga paulista, falecida em 2017, chamada Ecléa Bosi,. Ela disse algo que me tocou profundamente: "Toda criança não só recebe do passado os dados da história escrita, mas mergulha nas suas raízes, na história de pessoas de idade vivida, ou melhor, sobrevivida, que fizeram parte da sua socialização". Eu acredito que meu livro, intitulado "Memórias de um Menino de Ponta de Rua", é exatamente um mergulho nesse meu espaço identitário. Revivi passagens da minha vida de criança, adolescente e início da fase adulta, vivida no Bairro das Areias, mais especificamente na antiga Rua Floriano Peixoto. Foi um desafio encarado com alegria, pois estaria ali demonstrando toda minha gratidão pelo lugar e pelas pessoas que convivi e que me ajudaram ao longo dessa trajetória.

PP: O senhor menciona a importância de sua família e da origem em um bairro pobre de Sousa na primeira parte do seu livro. Como essas experiências influenciaram diretamente na sua trajetória como profissional?

Professor Chiquinho: Além da família, que sempre teve preocupação com a educação, mesmo diante de uma origem humilde, os instrumentos de educação que tive acesso foram fundamentais. Estudei no antigo Grupo Escolar Professor Virgílio Pinto, onde havia espaço para atividades esportivas, como o atual Estádio Antônio Mariz, e o Ginásio Estadual de Sousa, hoje Colégio André Gadelha. Esses ambientes facilitaram o caminho da educação, que meus pais sempre destacaram como fundamental. Os professores, diretores e colegas dessas instituições exerceram uma influência marcante sobre minha personalidade e minha escolha profissional.

PP: Considerando as mudanças significativas dos costumes, valores e modos de vida ao longo das últimas décadas, como você percebe que essas transformações participaram ou impactaram na geração da sociedade geral?

PC: O ser humano está em constante mutação, ou pelo menos deve estar preparado para mudanças. Na época em que nasci, a família era mais presente e a religiosidade mais intensa. Estudei em uma escola vinculada à igreja católica, o que trouxe uma influência marcante para minha vida religiosa. Hoje, vivemos em um mundo globalizado, onde a tecnologia tem um papel preponderante. Isso trouxe benefícios, mas também desafios, como a falta de integração e o isolamento causados pelo uso excessivo das redes sociais e da tecnologia.

PP: Como tudo de bom chega ao fim, Professor, gostaria de saber: ao revisitar suas seis décadas de vida, quais são as principais lições que espera deixar aos leitores? Qual mensagem central gostaria de transmitir?

PC: Primeiramente, gostaria de destacar que me considero um vencedor, apesar das privações. Enveredar pelo caminho da educação foi essencial para minha trajetória. Por isso, estimulo os jovens a seguirem esse caminho e a valorizarem a importância da educação em suas vidas. Além disso, pretendo incentivar a escrita e a leitura entre os jovens, para que possam contar suas próprias histórias e experiências. Acredito que a educação e a cultura são ferramentas essenciais para enfrentar as mudanças e construir um mundo mais justo e solidário.

PP: Muito obrigado, Professor Chiquinho, por compartilhar conosco suas experiências e reflexões tão valiosas. Desejamos muito sucesso em sua jornada e no lançamento de seu livro.

PC: Eu que agradeço, Paulo Pereira, pelo espaço e pela oportunidade de compartilhar um pouco da minha história e ideias. Estou à disposição para contribuir sempre que necessário.

Confira na íntegra:


Por: Paulo Pereira

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