Após derrota no processo eleitoral municipal em outubro passado o ano de 2025 não poderia entrar em pior situação para o ex-prefeito de São José da Lagoa Tapada Claudio Antônio Marques de Sousa, vulgo Coloral. Mais grave ainda a situação porque o problema tem origem num suposto desfalque milionário patrocinado por um aliado de primeira hora. O ex-secretário de Finanças da Prefeitura, Julierme Lino de Sousa.
Boletim de Ocorrência
Segundo consta em Boletim de Ocorrência registrado junto à Delegacia de Sousa pelo ex-prefeito Coloral, seu ex-secretário de Finanças, Julierme Lino, teria, supostamente, desviado dos cofres da Prefeitura R$ 1.370.586,74. Conforme consta no BO, o ex-secretário teria transferido recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e da folha de pagamento (FOPAG) utilizando recibos falsificados, inseridos deliberadamente na contabilidade da Prefeitura para mascarar as transações. Foi o que destacou Coloral em seu depoimento.
Não sabia
O ex-prefeito Coloral informou ao Blog Jucélio Almeida que jamais imaginaria tal situação haja vista que Julierme Lino tinha sua confiança por longos 12 anos. "Como poderia desconfiar de uma pessoa que já trabalhava comigo, tinha minha confiança por 12 anos. Só fiquei sabendo quando por necessidade técnica fui buscar informações para fechar as atividades financeiras do meu governo. Foi ai que me deparei com o desvio. Não me restando outra opção senão procurar denunciá-lo", disse Coloral.
Pressionado
Nas informações prestadas ao Delegado Francisco Abrantes pelo ex-prefeito consta que Julierme Lino teria informado a Coloral que cometeu o desvio de recursos por estar sendo extorquido por uma milícia que ameaçava ele e a família.
Boletim Integra:
Encontro em motel
Numa participação na tarde desta terça-feira, 21, o advogado Lincoln Abrantes, constituído pelo ex-prefeito Coloral, afirmou no programa Progresso Agora que Julierme Lino teria afirmado em depoimento que a organização criminosa lhe obrigava a viajar até a cidade de Cajazeiras, sertão paraibano, e lá se direcionar a um motel deixando o dinheiro do suposto desvio em seu veículo e que ele somente deixasse o local após os criminosos irem embora com o dinheiro. Lino ainda teria dito que não conseguiu identificar os bandidos.
Numa outra narrativa, Lincoln lembrou que o ex-secretário, também em depoimento, disse que foi obrigado a viajar até a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para se hospedar em um hotel e lá deixar o celular com o qual ele se comunicava com indivíduos da organização criminosa. Na ocasião, o ex-secretário também não teria tido contato com os criminosos. Por fim, o ex-secretário teria isentado o ex-prefeito Coloral e confessado o desvio, mas por estar sendo pressionado, inclusive com ameaças de morte, por uma milícia.
Áudio advogado Lincoln Abrantes
Fonte: Da Redação do Blog com blogdojucelioAlmeida