Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

COP

Governo Lula avalia a construção de dois novos aeroportos executivos no Pará para receber os muitos jatos que virão ao Brasil para a Cúpula do Clima, a COP30

Imagem ilustrativa por SoulRider.

Imagem de destaque da notícia
Imagem ilustrativa por SoulRider.222/Eric Rider (CC)

BELÉM, 21 de janeiro — A polêmica envolvendo grandes executivos e políticos que todos os anos utilizam centenas de aviões particulares e aeronaves governamentais para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) poderá ganhar neste ano um novo e custoso capítulo.

O governo brasileiro está estudando a construção de dois aeroportos executivos, um na região metropolitana de Belém e outro na Ilha de Marajó, a cerca de 140 km da capital, para receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), que acontecerá no Pará entre os dias 10 e 20 de novembro.

Em 2023, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um dos países que mais emite CO2 no mundo, a Cúpula Climática recebeu nada menos que 644 jatos, que produziram, na viagem, ao menos 4.800 toneladas de CO2. Esse total é equivalente ao CONSUMO ANUAL de energia elétrica de cerca de 600 residências médias nos Estados Unidos ou de 3.000 a 5.000 residências médias brasileiras, dependendo do método de cálculo.

A ideia da construção dos dois aeroportos executivos está sendo articulada pelos ministros do Turismo, Celso Sabino, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, para reduzir os impactos ambientais causados pelos jatos dos líderes mundiais e empresariais, o governo está sugerindo que eles peguem carona uns com os outros.

"O uso da aviação executiva por líderes e participantes das reuniões da COP é um tema recorrente. Há um esforço contínuo para promover práticas mais eficientes, como o compartilhamento de aeronaves oficiais e o estímulo à carona entre líderes empresariais" -MPor

Como parte da preparação para o evento, a capital Belém também tem realizado obras de infraestrutura, incluindo a construção de novas vias, com um investimento federal de R$ 4,7 bilhões.

Mais cedo, o governo anunciou, com direito a uma postagem com fotos no perfil oficial do presidente Lula, que o evento será presidido pelo embaixador André Corrêa do Lago.

André ocupa atualmente o cargo de secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente no Ministério das Relações Exteriores.

Apesar dos esforços da diplomacia brasileira, ainda não há confirmação sobre a participação dos líderes dos Estados Unidos e da China no evento. Um possível anúncio de não comparecimento por parte desses países, ou até mesmo o envio de representantes de menor nível, poderia provocar desistências, as quais seriam justificadas como uma falta de propósito da reunião.

Além da COP30, Lula espera receber Xi Jinping, que, segundo o presidente brasileiro, tem grande interesse na Amazônia, pelo menos mais uma vez neste ano, na cúpula dos BRICS, em julho.


(Matéria em atualização)

Fonte: O Apolo Brasil

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis