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A visita do presidente francês Emmanuel Macron à Casa Branca nesta segunda-feira revelou divergências marcantes entre os Estados Unidos, sob a liderança de Trump, e a Europa em relação à guerra na Ucrânia. O foco da discórdia reside na abordagem para alcançar um cessar-fogo e um acordo de paz com a Rússia, especialmente após três anos do conflito iniciado em 2022.
Trump expressou um forte desejo de mediar um cessar-fogo rápido entre a Ucrânia e a Rússia, chegando a mencionar a possibilidade de se encontrar com Putin em Moscou para facilitar um acordo. Essa postura contrasta com a de Macron, que defende uma abordagem mais cautelosa, priorizando um cessar-fogo seguido de um acordo de paz com garantias de segurança robustas para a Ucrânia. O presidente francês enfatizou a necessidade de um acordo sólido e verificável, demonstrando uma visão mais alinhada com os interesses europeus de longo prazo.
As divergências ficaram claras quando Trump se recusou a classificar Putin como ditador, uma postura que difere da firme condenação de Macron à Rússia como agressora no conflito. Essa diferença de tom reflete abordagens distintas na forma como os dois líderes avaliam a situação geopolítica e os atores envolvidos.
"O presidente Putin violou a paz." afirmou Macron.
Apesar das divergências, ambos os líderes demonstraram disposição para cooperar em alguns aspectos. Macron e Trump concordaram sobre a importância de mobilizar forças de manutenção da paz europeias para garantir o cumprimento de um futuro acordo de paz, embora com funções bem definidas para evitar o envolvimento direto em conflitos.
"Elas não ficariam nas linhas de frente. Não participariam de qualquer conflito. Elas estariam lá para garantir que a paz seja respeitada", disse Macron, detalhando o papel das forças de manutenção da paz.
Macron, buscando uma abordagem unificada, destacou que as discussões com Trump representaram um "divisor de águas". Ele tenta usar o bom relacionamento construído com o presidente americano em seus mandatos anteriores.
Trump mencionou avanços nas negociações com a Ucrânia sobre a exploração de minerais ucranianos, visando compensar os custos do apoio militar anterior. Ele expressou a expectativa de que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, visite os Estados Unidos em breve para formalizar o acordo.
Questionado sobre a possibilidade de a Ucrânia ceder territórios à Rússia como parte de um acordo, Trump respondeu com cautela, enquanto Macron reafirmou a importância de preservar a soberania ucraniana em qualquer negociação.
As negociações revelam tensões nas relações internacionais e diferentes visões sobre a resolução do conflito na Ucrânia. A postura de Trump, vista por muitos como mais flexível em relação à Rússia, contrasta com a abordagem mais firme e cautelosa de Macron, que busca garantir a segurança e a soberania da Ucrânia em um cenário geopolítico complexo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA