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A França, reconhecida como a quarta maior potência nuclear global, está no centro de discussões acaloradas sobre a defesa europeia. Com um arsenal que inclui submarinos estratégicos e os avançados caças Rafale, equipados com mísseis nucleares, o país busca redefinir o equilíbrio de poder no continente.
Especulações na imprensa britânica sugerem que o presidente Macron considera posicionar seus caças nucleares na Alemanha, uma medida que ampliaria significativamente a capacidade de dissuasão da Europa. Essa movimentação ocorre em um momento de incerteza quanto ao apoio dos Estados Unidos, tradicionalmente um pilar da defesa europeia através da Otan.
Enquanto o Reino Unido, outra potência nuclear, mantém sua estratégia alinhada aos EUA, a França parece disposta a oferecer uma defesa nuclear independente à União Europeia. Tal iniciativa ganha relevância diante do arsenal de Putin, que mantém 1.710 ogivas nucleares prontas para uso, contrastando com as 290 da França.
A proposta enfrenta resistência interna. Marine Le Pen, figura de destaque da direita francesa, expressou forte oposição à ideia de compartilhar ou delegar a dissuasão nuclear francesa.
"A dissuasão nuclear francesa deve permanecer francesa. Não deve ser compartilhada, muito menos delegada." disse Marine Le Pen.
A Polônia também manifestou o desejo de estar sob a proteção nuclear dos EUA, especialmente após o recente posicionamento de armas nucleares russas em Belarus, intensificando as tensões na região. O debate sobre uma estratégia nuclear europeia autônoma se intensifica em meio a essas movimentações geopolíticas.
A iniciativa de Macron reacende o debate sobre a necessidade de uma defesa europeia mais autônoma, capaz de garantir a segurança do continente sem depender exclusivamente do apoio dos EUA, liderados pelo presidente Donald Trump.
*Reportagem produzida com auxílio de IA