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Oscar

Oscar: Filme premiado expõe uso de dinheiro público!

Diretor bilionário e as brechas na lei do Audiovisual.

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Após a cerimônia do Oscar, o filme eleito como melhor filme internacional reacende o debate sobre o financiamento do cinema brasileiro. Enquanto isso, Walter Salles, cineasta de renome, deve se afastar dos holofotes, repetindo um padrão de longos hiatos entre seus projetos.

Salles, herdeiro de uma vasta fortuna familiar originada no ramo do café e expandida para o setor financeiro e de nióbio, é o terceiro diretor de cinema mais rico do mundo. Sua riqueza, estimada em bilhões, contrasta com a realidade de muitos cineastas que dependem de recursos externos para realizar seus filmes.

A trajetória de Salles diverge da de diretores como Sean Baker, cujo filme "Anora" foi produzido com um orçamento modesto de US$ 6 milhões, provenientes de recursos próprios. Baker, ao receber o prêmio de melhor diretor, enfatizou a independência financeira de sua produção.

"Utilizamos nossos próprios recursos." disse Sean Baker.

A questão do financiamento público no cinema brasileiro volta à tona com a premiação do filme de Salles. Alegações de uso de verbas da Lei Rouanet foram negadas por João Moreira Salles, irmão de Walter. No entanto, o filme é uma coprodução entre Brasil e França, o que levanta questões sobre o uso de incentivos fiscais previstos na Lei do Audiovisual.

O artigo 3° da Lei do Audiovisual permite que empresas estrangeiras abatam 70% do Imposto de Renda devido, desde que o valor seja investido em projetos audiovisuais brasileiros. Segundo reportagens, o filme custou R$ 45 milhões, dos quais uma parte significativa retornou aos investidores por meio desse mecanismo de abatimento fiscal.

A utilização de recursos públicos, mesmo que indiretamente, por um cineasta bilionário como Walter Salles, levanta questionamentos sobre a equidade no acesso aos recursos e a necessidade de repensar os mecanismos de financiamento do cinema brasileiro. Enquanto cineastas como Sean Baker buscam alternativas para viabilizar seus projetos, Salles desfruta de uma posição privilegiada, financiada, em parte, pelo governo.

Essa situação evidencia uma disparidade no cenário cinematográfico nacional, onde o acesso a recursos públicos nem sempre se traduz em produções que reflitam a diversidade e a realidade do país. É preciso questionar se o sistema atual de incentivos fiscais está, de fato, promovendo o desenvolvimento do cinema brasileiro ou apenas beneficiando aqueles que já detêm o poder econômico.

Enquanto o governo Lula continua a despejar dinheiro em projetos culturais questionáveis, é preciso lembrar que o verdadeiro cinema se faz com talento, criatividade e, acima de tudo, respeito ao dinheiro do contribuinte. O caso de Walter Salles serve como um alerta para a necessidade de uma revisão urgente das políticas de financiamento do audiovisual no Brasil.

É inadmissível que cineastas bilionários se beneficiem de recursos públicos enquanto tantos outros artistas lutam para conseguir realizar seus projetos. O cinema brasileiro precisa de mais Sean Bakers e menos Walters Salles.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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