A Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná (PRE-PR) pediu nesta quinta-feira (14) a cassação e a inelegibilidade do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.
A ação é baseada em uma denúncia apresentada pelo PT-PR, que alega que Moro usou recursos da União para promover sua candidatura ao Senado. A denúncia aponta que Moro recebeu R$ 1,2 milhão de um fundo eleitoral controlado pelo governo federal para pagar despesas com eventos e propaganda.
O MP Eleitoral concordou com a denúncia e afirmou que Moro "se valeu de recursos públicos para promover sua candidatura, o que configura abuso de poder econômico".
A ação ainda será analisada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Se a ação for aceita, Moro poderá ser cassado do Senado e ficar inelegível por oito anos.
A cassação de Moro seria um duro golpe para a Lava Jato, que o projetou como um herói nacional. A operação foi responsável por condenar vários políticos e empresários por corrupção, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, a Lava Jato também foi alvo de críticas por acusações de parcialidade e abuso de poder. A cassação de Moro seria mais um golpe na operação e pode acabar com a carreira política do ex-juiz.