O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a falência da Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro.
A decisão, publicada em 03 de fevereiro de 2025, aponta o descumprimento do plano de recuperação judicial da empresa. O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho destacou a falta de pagamentos a credores, principalmente os trabalhistas.
"O descumprimento das obrigações acordadas no plano de recuperação judicial pela Editora Três impossibilita a continuidade da empresa." concluiu o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho.
A Editora Três não conseguiu apresentar provas de pagamento ou justificar o não cumprimento das obrigações financeiras. A empresa havia pedido o encerramento do processo de recuperação judicial, pedido que foi negado pelo juiz.
A administradora judicial terá 10 dias para apresentar uma lista atualizada dos credores, considerando pagamentos efetuados durante a recuperação judicial e incluindo as dívidas não contempladas nesse processo.
A situação financeira crítica da Editora Três vinha se arrastando há tempos, resultando em atrasos salariais para os jornalistas. Segundo o sindicato dos jornalistas profissionais do Estado de São Paulo, a situação culminou em uma greve que perdurou quase um mês.
Vale lembrar que a publicação impressa das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro já havia sido encerrada em 24 de janeiro de 2025, com o anúncio da migração para o meio digital. IstoÉ circulava desde 1976, e IstoÉ Dinheiro desde 1997.
A falência da Editora Três representa mais um capítulo da crise que atinge o setor de mídia impressa no Brasil. A decisão judicial encerra um ciclo importante na história do jornalismo brasileiro.
*Reportagem produzida com auxílio de IA