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Um novo estudo, ainda em andamento, tem gerado discussões nos mercados globais ao investigar possíveis ligações entre a vacinação contra a COVID-19 e o desenvolvimento da síndrome pós-vacinação. A pesquisa, liderada por Akiko Iwasaki da Universidade de Yale, analisou amostras de sangue de indivíduos com a síndrome, comparando-as com as de pessoas saudáveis e com casos de COVID longo.
A equipe de Iwasaki coletou amostras de 42 pessoas com síndrome pós-vacinação e 22 pessoas saudáveis entre dezembro de 2022 e novembro de 2023. Os resultados preliminares apontam para diferenças nas proporções de algumas células imunológicas em pacientes com a síndrome, além da reativação do vírus Epstein-Barr, similar ao observado em casos de COVID longo.
Uma descoberta notável foi a presença de níveis mais altos da proteína spike do coronavírus no plasma de indivíduos com síndrome pós-vacinação, mesmo muitos meses após a vacinação. No entanto, a origem e o significado dessa persistência da proteína spike ainda não estão claros.
Especialistas como John Wherry, diretor do Instituto de Imunologia da Universidade da Pensilvânia, enfatizam a importância de investigar a fundo essa questão, apesar das incertezas. O Dr. Gregory Poland, editor emérito da revista Vaccine, também destaca a necessidade de estudos maiores e mais detalhados.
"Quero enfatizar que isso ainda é um trabalho em andamento", disse Akiko Iwasaki, imunologista da Universidade de Yale.
"Não é como se este estudo tivesse determinado o que está fazendo as pessoas adoecerem, mas é o primeiro vislumbre do que pode estar acontecendo com essas pessoas", concluiu Iwasaki.
"Uma das coisas mais importantes é que precisamos de atenção para realmente iluminar isso e tentar entender exatamente o que é", disse John Wherry, diretor do Instituto de Imunologia da Universidade da Pensilvânia.
Apesar das limitações, os resultados iniciais indicam a necessidade de mais pesquisas para entender a síndrome pós-vacinação. A complexidade do sistema de saúde americano dificulta a identificação de efeitos colaterais incomuns e a coleta de relatos consistentes, tornando o estudo ainda mais relevante para a comunidade científica e para a população em geral. A persistência da proteína spike após a vacinação e sua possível ligação com a síndrome pós-vacinação são aspectos que merecem atenção especial.
Ainda que os resultados não sejam conclusivos, a equipe científica responsável pelo estudo é reconhecida por seu rigor, o que torna a pesquisa um importante passo para elucidar a síndrome pós-vacinação. A busca por respostas claras é fundamental, e a divulgação de informações, mesmo que parciais, contribui para o avanço do conhecimento científico e para a segurança da população.
*Reportagem produzida com auxílio de IA