
As tensões na região de Kursk, fronteira entre Rússia e Ucrânia, atingiram um novo patamar com relatos de avanços russos utilizando um gasoduto como rota de infiltração. A ousada manobra militar, que teria surpreendido as forças ucranianas, coincide com um momento de incerteza na política de apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, intensificando os temores europeus sobre o futuro do conflito.
Segundo informações, as forças russas teriam aproveitado um grande gasoduto para se infiltrar em território ucraniano, surpreendendo as tropas de Kiev pela retaguarda, próximo a Sudzha. Blogueiros militares pró-Rússia relataram que as forças especiais russas avançaram por cerca de 16 km dentro do gasoduto antes de atacar as posições ucranianas.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que suas forças retomaram o vilarejo de Lebedevka e tomaram Novenke, um vilarejo na região de Sumy, vizinha à Ucrânia. A ofensiva russa em Kursk parece ter como objetivo isolar milhares de soldados ucranianos na região.
As forças ucranianas, por sua vez, afirmam ter repelido 15 ataques russos na região de Kursk, mas reconhecem que confrontos armados ainda estão em andamento. O Estado-Maior do exército ucraniano relatou 12 ataques aéreos russos em suas posições.
A situação se agrava em meio a mudanças na política americana em relação à Ucrânia. A suspensão da ajuda militar e do compartilhamento de inteligência pelos Estados Unidos, após uma reunião tensa entre Trump e o presidente ucraniano Zelensky, aumentou a apreensão entre os líderes europeus de que a Ucrânia possa perder a guerra.
Em canais do Telegram, apoiadores russos como o major-general Apti Alaudinov expressaram otimismo com o curso da guerra.
"Estou surpreso com as pessoas que realmente pensam que a Rússia poderia perder. É um bom dia." disse Alaudinov.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev também comentou sobre a situação no Telegram.
"A tampa do caldeirão fumegante está quase fechada. A ofensiva continua." disse Medvedev no Telegram.
Diante das restrições de comunicação no campo de batalha, a confirmação independente dos relatos permanece um desafio.
*Reportagem produzida com auxílio de IA